Os peemedebistas que foram a Brasília conversar com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, propuseram um acordo eleitoral que não se limita ao apoio à pré-candidatura de Geraldo Alckmin à presidência da República. O entendimento também inclui a candidatura tucana ao Senado, disse ontem o senador Alvaro Dias, pré-candidato à reeleição.
Alvaro relatou que o grupo de peemedebistas, formado pelo presidente estadual do partido, Dobrandino da Silva, o líder da bancada estadual, Antonio Anibelli, os deputados federais Reinhold Stephanes e Max Rosenmann, e ainda o chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, afirmou que está disposto a apoiar sua candidatura ao Senado. "O PMDB foi o primeiro partido que me declarou apoio. O PSDB ainda não anunciou esse apoio", ironizou o senador.
No PSDB, o presidente da Assembléia Legislativa e vice-presidente do diretório tucano, deputado Hermas Brandão, também postula a vaga. Numa eventual composição com o PSDB, uma boa parte dos deputados peemedebistas defende a indicação de Brandão a vaga de vice na chapa do governador Roberto Requião à reeleição.
O presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, disse que se houver uma coligação formal entre os dois partidos no Estado, será natural o apoio da maioria dos peemedebistas à candidatura de Alvaro ao Senado. "Acho que se houver aliança, grande parte do PMDB vai para ele", declarou.
Bem-vindo
Alvaro disse que o apoio dos peemedebistas a Alckmin é bem-vindo e que, como sua atuação no processo de articulação eleitoral está restrita à candidatura presidencial, não será obstáculo a essa composição, independente da posição do candidato a governador do PMDB na disputa. Requião ainda não se manifestou. "Estou priorizando o projeto nacional e não tenho a influência necessária no PSDB do Paraná para ser obstáculo", declarou.
No encontro com os peemedebistas, Alvaro disse que reafirmou o compromisso de aguardar a decisão do irmão, o senador Osmar Dias (PDT), sobre a candidatura ao governo. "O que é preciso ficar claro é que há uma grupo do PSDB na Assembléia Legislativa que deseja a composição com o PMDB. Não sei a posição do prefeito Beto Richa. Mas não é a totalidade do partido que quer a aliança", afirmou o senador.
Para Alvaro, a adesão dos peemedebistas a Alckmin não precisa ser formal e independe das negociações nacionais. "Há parlamentares do PMDB em todo o País que já estão apoiando o Alckmin, independente de coligação", afirmou o senador.