O presidente do diretório do PSDB em Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, afirmou nesta terça-feira que vai acionar judicialmente o presidente do PMDB mineiro e colega de Câmara Antônio Andrade. O peemedebista acusou os tucanos de tentarem “comprar” o apoio do partido ao ex-ministro Pimenta da Veiga, que disputará o governo do Estado em outubro.
Segundo a assessoria de Pestana, a assessoria jurídica do partido prepara a interpelação judicial que será apresentada “nos próximos dias” ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Por meio de nota, Pestana classificou como “irresponsabilidade, calúnia e leviandade” as declarações de Andrade, que durante reunião da executiva mineira do PMDB ontem afirmou que um “porta-voz” do PSDB ofereceu R$ 20 milhões para financiar as campanhas de candidatos a deputados e a vaga para a disputa pela vaga no Senado pelo apoio peemedebista a Pimenta. “Nunca houve qualquer conversa da direção do PSDB de Minas Gerais com o mencionado deputado”, afirma o texto. A interpelação judicial, segundo a nota, servirá para que “os fatos sejam esclarecidos e explicados”.
Após a acusação do peemedebista, Pestana declarou que “nunca” conversou “com Antonio Andrade sobre aliança”. No início de março, o tucano reuniu-se formalmente com a direção do PMDB mineiro na sede do partido que é o principal aliado do governo da presidente Dilma Rousseff para convidar a legenda a aderir à aliança em torno de Pimenta e admitiu a “possibilidade” de dar uma vaga na chapa majoritária aos peemedebistas.
Parte do PMDB mineiro era favorável à candidatura própria ao governo de Minas, mas o senador Clésio Andrade (MG) renunciou à pré-candidatura. O partido deve apoiar o ex-ministro Fernando Pimentel (PT) no pleito e Antônio Andrade, que era colega de ministério do petista, é o mais cotado para ser candidato a vice-governador. Na chapa tucana, o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) foi lançado como pré-candidato ao Senado na semana passada. Antônio Andrade não atendeu ao telefonema da reportagem na tarde de hoje.