O senador gaúcho Pedro Simon (PMDB) recebeu manifestações de solidariedade na sessão de ontem, 5, Assembleia Legislativa. Protagonista de um bate-boca com o senador Fernando Collor (PTB-AL), durante sessão de anteontem no Senado, quando pediu a renúncia do senador José Sarney (PMDB) da presidência do Senado, o senador gaúcho sensibilizou não apenas o presidente estadual do PMDB e líder da bancada estadual do partido, deputado Waldyr Pugliesi, como também o líder do PSB, Reni Pereira, que propôs uma moção de desagravo ao gaúcho. A moção foi aprovada na sessão de ontem à tarde.
Em nota oficial, Pugliesi disse que Simon é referência de “coerência, ética e probidade administrativa” no partido e fora dele. “O PMDB do Paraná manifesta seu apoio e solidariedade ao Senador Pedro Simon e repudia de forma veemente os ataques ignóbeis que o peemedebista gaúcho sofreu ao combater à corrupção e defender a moralidade pública no Senado Federal”, destacou a nota.
Mas nem todos os peemedebistas concordaram com a manifestação de apoio a Simon. O deputado Nereu Moura lembrou que a discussão envolveu outros peemedebistas e que o senador gaúcho nem sempre traduz em ações o que expressa em seus discursos. Para Moura, o problema está na instituição Senado. “A estrutura do Senado é arcaica, viciada”, afirmou.
Coerência
Autor da moção de desagravo a Simon, Pereira afirmou que a iniciativa foi uma demonstração de coerência, já que a Assembleia aprovou no ano passado um título de Cidadão Honorário do Paraná ao gaúcho. “Seria incoerente que esta Casa, que já aprovou projeto destacando a postura ética do senador gaúcho, agora não reafirmasse essa posição”, afirmou.