A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras aprovou nesta manhã 43 requerimentos, entre eles a convocação dos ex-presidentes da Petrobras Graça Foster e José Sérgio Gabrielli. O primeiro a ser chamado será o ex-gerente da estatal, Pedro Barusco, que deve ser ouvido na próxima terça-feira, 10.

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Apesar da ponderação de alguns parlamentares sobre a contratação de consultoria estrangeira, também foi aprovado a colaboração da Kroll, uma das maiores empresas de auditoria e investigação mundial, que já atuou em casos como o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, para colaborar com a CPI.

O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) questionou a sugestão do presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), de contratar a Kroll. Edmilson lembrou que a Kroll já havia sido condenada pela Justiça brasileira.

Sub-relatorias

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O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), questionou a criação de quatro subrelatorias na sessão desta manhã e a possibilidade de elas chegaram a oito. Para o petista, que se disse surpreendido com a decisão do presidente do comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), o excesso de sub-relatores pode atrapalhar o resultado do relatório final.

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“Minha avó dizia em que bolo que muita gente mexe acaba solado. Aqui vamos ter muita gente mexendo essa massa. Se no final sair um bolo solado, a culpa não pode ser só minha. Evidentemente que isso cria uma dificuldade”, reclamou.

A possibilidade de que haja oito subrelatorias, segundo o deputado, torna as condições mais difíceis para o relator. “Ainda não tenho noção do tamanho da carga e as pessoas já resolveram partilhar esse carregamento. Isso traz preocupação por causa da pulverização. Coordenar isso é extremamente difícil”, acrescentou.

Hoje foram criadas quatro subrelatorias na CPI. A primeira vai investigar superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil e ficará sob responsabilidade do deputado Altineu Côrtes (PR-RJ); a segunda vai focar na constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o fim de praticar atos ilícitos, sob comando de Bruno Covas (PSDB-SP); a terceira, o superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda, sob responsabilidade de Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP); e a última vai apurar irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África e será comandada por André Moura (PSC-SE).

O petista sugeriu hoje a criação de duas subrelatorias para ajudar na coordenação de seu trabalho como relator. Outras duas foram sugeridas hoje pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG) e estão relacionadas à criação de normas de prevenção à corrupção na Petrobras e acompanhamento de obras em refinarias e plataformas. Luiz Sérgio disse que as sugestões do pessebista não atrapalham porque se trata de sugestão para o futuro da estatal. Ele insinuou que deve aceitar o pedido de Delgado.

Foster e Gabrielli

Entre os 43 requerimentos aprovados em bloco está a convocação, além dos ex-presidentes da estatal Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, do doleiro Alberto Youssef e dos ex-diretores Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Renato Duque, João Adalberto Elek Júnior e Nestor Cerveró. Ao total foram 12 convocações aprovadas.

A lista de convocação inclui Júlio Faerman (SBM Offshore), Luiz Eduardo Carneiro (Sete Brasil) e Glauco Legatti (refinaria Abreu e Lima). Segundo o relator, também será chamada à CPI a presidente da Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard.