Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começaram a julgar ontem um recurso que definirá o futuro político do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido). Por enquanto, o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, votou a favor da cassação de Cassol e o relator, Arnaldo Versiani, contra. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski.
O Ministério Público Eleitoral sustenta que durante a eleição de 2006 ocorreu compra de votos em Rondônia em favor de Ivo Cassol. De acordo com a acusação, funcionários de uma empresa de vigilância teriam recebido a proposta de trocar seus votos por R$ 100. O procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, quer que o TSE casse o governador. “A compra de votos ficou amplamente comprovada, evidenciada em inúmeros depoimentos de vigilantes”, disse.
A defesa de Cassol alega que ele não se envolveu com compra de votos. De acordo com os advogados, Cassol tinha alto índice de aprovação popular, tanto que ganhou a eleição no primeiro turno. “O que levaria um candidato com esse nível de aprovação a se arriscar cometendo esses atos?”, perguntou um dos membros da defesa.