Parlamentares do PSOL, Rede e PT protocolaram nesta quarta-feira, 19, uma representação no Conselho de Ética do Senado contra Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). Os partidos pedem a cassação do mandato do senador por quebra de decoro parlamentar. Envolvimento com milicianos, “rachadinha” e funcionários fantasmas no gabinete da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) estão entre as acusações citadas no pedido.

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Entre os argumentos apresentados pelo documento estão o envolvimento do senador com o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em uma operação policial no interior da Bahia no dia 9 de fevereiro. Segundo o Ministério Público do Rio, Adriano teria se beneficiado de um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio na Alerj. Ainda de acordo com o MP, a mãe e a ex-mulher de Adriano, Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, foram nomeadas assessoras de Flávio e transferiam parte do salário ao assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema.

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Jayme Campos (DEM-MT), encaminhou a representação à Advocacia da Casa. O parecer dos técnicos definirá se há bases para o colegiado discutir o pedido de cassação do parlamentar.

A representação dos partidos pede a cassação de Flávio por quebra de decoro parlamentar. Envolvimento com milicianos, “rachadinha” e funcionários fantasmas no gabinete da Assembleia Legislativa do Rio estão entre as acusações citadas no pedido.

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“Estou em meu sexto mandato, eleito pelo voto soberano do povo de Mato Grosso, então não tenho amarrações e não será agora que vou deixar de honrar o meu mandato”, afirmou o presidente do Conselho de Ética, ao prometer isenção na discussão, em nota distribuída por sua assessoria de imprensa.

Se o parecer apontar que há bases para instalação de um processo contra Flávio Bolsonaro no conselho, o senador será notificado para apresentar sua defesa prévia. O colegiado, então, será convocado em um prazo de 48 horas para escolha de um relator. A cassação só é efetivada se houver maioria de votos entre os senadores.

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Reações

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) publicou uma foto com os presentes à entrega do pedido de cassação. “O filho do presidente está sendo blindado e protegido. O Brasil não pode aceitar tamanha impunidade”, afirmou a parlamentar.

Clique aqui para conferir o tuíte de Sâmia Bomfim.

Já Flávio Bolsonaro reagiu nas redes sociais. “Essa representação dos defensores de bandido condenado em 2ª instância (PT/pÇoU/REDE) não serve nem para limpar o furo”, escreveu o senador em sua conta no Instagram.

Clique aqui para conferir o tuíte de Flávio Bolsonaro.