PDT suspende alianças por tempo indeterminado

Em reunião anteontem, em Curitiba, o senador Osmar Dias e a direção estadual do PDT decidiram colocar em “banho maria” as conversas sobre alianças para as eleições do próximo ano.

O presidente estadual do partido, deputado Augustinho Zucchi, disse que a pausa vai durar até que o quadro político estadual ganhe contornos mais definidos. O PDT estava tratando com o PT sobre um possível acordo para 2010, ao mesmo tempo em que também mantém um canal de negociação com o PSDB, apesar de os tucanos terem dois pré-candidatos ao governo: o senador Álvaro Dias e o prefeito de Curitiba, Beto Richa.

Para os pedetistas, no último ano, houve muita conversa, mas nenhuma resultou num compromisso sólido para alianças. “Vamos dar um breque. Tudo o que se conversou de um ano para cá foi conjectura, balela e fuxico. Vamos continuar abertos para conversas, mas só isso”, disse o dirigente do PDT.

Zucchi ressaltou que o PDT continua exatamente na mesma posição que se encontrava há um ano. “Não temos nenhuma aliança formalizada, nem um compromisso com ninguém”, afirmou.

As declarações de Zucchi soam como resposta às discrepantes versões que circulam nos meios políticos, ora apontando o PDT fechado com o PT ora indicando que o senador Osmar Dias teria definido que a coligação será mesmo com o PSDB.

Tudo continua do mesmo jeito, reafirmou Zucchi, admitindo que a falta de novidades se aplica às composições. Já no plano das candidaturas, há um ano, o prefeito de Curitiba ainda não havia assumido sua pretensão de concorrer ao governo e o PDT estava certo que o PSDB apoiaria a candidatura de Osmar. Depois, o senador Álvaro Dias apresentou sua pré-candidatura e, recentemente, o prefeito se posicionou na disputa.

Zucchi comentou as declarações do vice-governador Orlando Pessuti, pré-candidato do PMDB ao governo, que sugeriu ao PDT lançar Osmar ao Senado para possibilitar uma aliança ampla entre os partidos da base de apoio do presidente Lula, no Paraná. “Todos têm alternativas. Algumas são inviáveis”, reagiu Zucchi.

Pessuti citou que, além de candidato ao governo, Osmar poderia ser candidato a vice-governador e ainda concorrer à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa.

“Como é que um cara que tem 40% nas pesquisas para o governo não vai ser candidato ao governo?”, ponderou Zucchi. A aliança entre PMDB e PDT seria possível nos termos já conhecidos, afirmou o pedetista. “O Requião não é candidato ao Senado? Então, assim o PMDB faria a aliança”, observou o presidente estadual do PDT.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna