Foto: Agência Senado

Osmar Dias: faça oposição.

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Com o argumento de que é preciso salvaguardar a candidatura do senador Osmar Dias ao governo em 2010, o PDT de Curitiba começou a discutir o lançamento de um candidato próprio à prefeitura da capital na eleição deste ano.

Apontado como aliado certo pelo PSDB para a reeleição do prefeito Beto Richa, o PDT de Curitiba apresentou o suplente de deputado federal Wilson Picler como um dos seus pré-candidatos, em reunião realizada anteontem à noite. O outro nome seria o deputado estadual Luiz Carlos Martins, que não confirma o interesse na disputa nem participou da reunião do diretório.

O presidente municipal do partido, vereador Jorge Bernardi, disse que a manutenção do vice-prefeito Luciano Ducci (PSB) como candidato à reeleição na chapa de Beto colide com o projeto do PDT de lançar Osmar na próxima eleição ao governo. Isto porque Ducci seria o principal beneficiado com uma suposta candidatura de Beto ao governo para concorrer com o senador Osmar Dias. ?Todo mundo sabe que se o Beto ganhar a eleição no primeiro turno ele será automaticamente candidato ao governo. E a pessoa que mais quer que o Beto Richa seja candidato ao governo é o Ducci. Assim temos que procurar o nosso Barack Obama para Curitiba?, declarou Bernardi.

O PDT também não perdoa a Ducci a neutralidade no segundo turno da campanha eleitoral de 2006. No primeiro turno, Ducci apoiou o governador Roberto Requião (PMDB). ?Nós temos um problema sério com o vice?, reforçou o presidente municipal do PDT, que defende a busca de alternativas no partido à uma composição com os tucanos. ?Quem tem viatura própria não anda de carona?, acrescentou.

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O senador Osmar Dias disse que não foi comunicado oficialmente da deliberação da executiva municipal de ter candidato próprio à prefeitura. Mas lembrou que uma resolução do diretório nacional do PDT determina que, em cidades com mais de cinqüenta mil eleitores, a decisão sobre candidaturas majoritárias e alianças passa pelo crivo das direções nacional e estadual.

Osmar afirmou que irá levar a posição do diretório municipal ao debate no diretório estadual. Para o senador, se a intenção do PDT de Curitiba é concorrer com candidatura própria, o primeiro passo é deixar a base de apoio de Beto na Câmara Municipal. ?É incoerente apoiar toda a gestão do prefeito, ter cargo na prefeitura e depois lançar candidato próprio. Se o partido não está satisfeito com a administração, tem que fazer oposição?, comentou. Para o senador, o PDT de Curitiba tem que avaliar se o lançamento de um candidato próprio impulsiona ou cria dificuldades para sua candidatura ao governo em 2010. 

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