PDT lança candidato ao governo no próximo dia 2

Um pouco mais suscetíveis às pressões tucanas, que demonstram impaciência com o ritmo das articulações para a disputa eleitoral do próximo ano, os pedetistas estão começando a entrar no ritmo da sucessão estadual. No próximo dia 2, em Pato Branco, durante um encontro estadual do partido, o vice-presidente estadual do PDT, deputado estadual Augustinho Zucchi, vai fazer o pré-lançamento da candidatura do senador Osmar Dias ao governo em 2006.

Uma semana depois, no dia 9, Osmar Dias e Augustinho Zucchi participam do encontro nacional do PDT no Rio de Janeiro, onde serão discutidas todas as candidaturas do partido aos governos dos estados pela direção nacional com os pré-candidatos e presidentes regionais do partido. Já o senador reconvocou para a próxima segunda-feira, dia 21, a reunião com as direções do PFL e PSDB, que estava prevista para a última segunda-feira, dia 14, e foi cancelada.

Zucchi disse que o partido atravessa a etapa de costura de alianças. E que a composição com o PSDB e o PFL é considerada um "caminho natural", embora a oficialização da frente venha se arrastando há alguns meses. "Cada etapa tem um fato. O de agora é que o senador é candidato e vai disputar o governo. O PDT já definiu isso", disse o dirigente estadual do partido.

A construção da candidatura de Osmar será a conta-gotas. Depois de Pato Branco, os pedetistas planejam realizar encontros em Foz do Iguaçu e Maringá, onde também o mote será a candidatura própria ao governo. Na reunião do Rio de Janeiro, a expectativa é se certificar de que a posição da direção nacional é valorizar mais as candidaturas ao governo e menos a sucessão presidencial. Num cenário em que seja mantida a verticalização das coligações, a regra que obriga os partidos a reproduzirem nos estados as alianças nacionais, os pedetistas querem estar seguros de que a direção nacional vai pensar duas vezes antes de lançar um candidato a presidente e estragar acordos regionais.

Contrapartidas

Enquanto o PDT dá seus primeiros passos na sucessão, os tucanos começam a endurecer o discurso. Ontem, o presidente do PSDB do Paraná, deputado Valdir Rossoni, disse que considera a aliança com o PDT a preferencial para 2006, mas que estas composições estão condicionadas ao que for melhor para a candidatura do partido à Presidência da República. "O apoio do candidato ao governo depende do candidato à Presidência da República. Tem que ter contrapartida", afirmou o dirigente tucano.

Rossoni comentou que não considera impossível o apoio do PMDB ao candidato tucano à sucessão presidencial. E, neste caso, as conversas com o PMDB do Estado teriam que entrar na agenda do PSDB estadual, admitiu.

Rossoni e outros vinte e seis tucanos participam nesta sexta-feira, dia 18, em Brasília, da convenção nacional do partido, que vai eleger o senador Tasso Jereissati para a presidência nacional do PSDB. A nova executiva nacional tucana terá a participação de dois paranaenses, o senador Alvaro Dias e o ex-deputado Euclides Scalco.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo