Um possível apoio do PSDB nas eleições para o governo do Estado, em 2006, foi o fator fundamental para que o PDT de Curitiba decidisse, ontem pela manhã em sua convenção municipal na Sociedade Universal, pelo apoio ao candidato tucano Beto Richa à Prefeitura de Curitiba. Foram 23 votos contra 8 à aliança com o PSDB na eleição majoritária. Na proporcional, onde o partido também se coligará com os candidatos a vereador pelo PAN e pelo Prona, a convenção decidiu pela coligação por 29 votos a favor, um contra e um em branco.
O senador Osmar Dias, presidente do Diretório Regional do partido, foi o maior defensor da coligação. Entretanto, no início de seu discurso, não deixou de homenagear o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, que morreu na segunda-feira passada (dia 21). “O Brizola foi e sempre vai ser a marca, a bússola do PDT. Um orgulho não só do PDT como do Brasil”, afirmou e em seguida pediu uma salva de palmas ao líder falecido.
Osmar explicou que a decisão de não ter candidato próprio à Prefeitura de Curitiba deve-se ao fato de o partido não ter conseguido apresentar um projeto viável. Ele lembrou que, na última eleição para a prefeitura da capital, o PDT teve candidato próprio e acabou atrapalhando o desempenhos dos candidatos a vereador. Osmar disse que o PDT tem vocação para o poder. Entretanto, salientou que, estrategicamente, no momento é melhor apoiar Beto, contado com a reciprocidade na eleição para o governo do Estado.
“Esta convenção é democrática. Mas temos que entender que o partido está acima dos interesses pessoais”, disse o senador. Questionado sobre a “lealdade” do PSDB até 2006, quando Osmar vai pleitear o Palácio Iguaçu, o senador disse que a questão é independente do tempo. O também pré-candidato à prefeitura, professor Carlos Kolb, desistiu da candidatura em prol da aliança com o PSDB e em conseqüência, apoio a Osmar em 2006.