PDT em guerra contra as investidas do PMDB

Enquanto o governador Roberto Requião abonava ontem em Curiúva, no Norte do Estado, a ficha de filiação de um grupo de prefeitos de vários partidos, aliados e adversários se inflamavam contra a política expansionista do PMDB. O PDT estadual se reuniu em Curitiba e acusou de infidelidade os dois prefeitos – Moacir Latiza (Pinhalão), e Valdomiro Fraiz, de Ribeirão do Pinhal – que atenderam ao chamado do governador.

O PDT decidiu também dissolver os diretórios municipais do partido nos dois municípios para extirpar qualquer resto de influência dos ex-filiados sobre a sigla. Já o PPS esperava apenas a confirmação da filiação do prefeito de Nova América da Colina, Alceste Santana (PPS), para anunciar suas providências.

Desfeitos os diretórios, o próximo passo do PDT é uma reestruturação do partido nas duas cidades. ?Nos próximos dias, será feita uma reavaliação da realidade do partido no município, para que novas estruturas sejam montadas independente da vontade desses prefeitos, que acabaram cometendo infidelidade com a ação ou omissão das direções que estavam em vigor?, informou a nota oficial do partido.

O vice-presidente estadual do PDT, deputado estadual Augustinho Zucchi, disse que, do ponto de vista político, o partido não tinha a lamentar. ?Se deixaram o partido por pressão é porque não podem mexer com a administração pública. O que nós podemos garantir a eles é que se o Osmar (senador Osmar Dias) for eleito para o governo, não vamos pressioná-los para que voltem ao partido?, ironizou.

Para o dirigente pedetista, é difícil acreditar que os prefeitos tenham sido obrigados a entrar no PMDB. ?É uma prática que o governo atual tanto condenou no passado recente. De coração, não acredito que tenha o dedo do Requião nisso. Ele condena este tipo de prática?, afirmou o vice-presidente do PDT. Ainda conforme Zucchi, a estratégia de filiar prefeitos não é tão eficiente. ?A população não é manada. Filiar prefeito no cabresto, se esse for o caso, não vai levar ninguém a votar neste ou naquele candidato?, comentou.

O secretário geral do diretório regional, Rubico Camargo, disse que mesmo a divulgação, na véspera, dos nomes dos prefeitos que iriam se filiar ao PMDB, já causou profundo desagrado ao partido.

Segundo o secretário geral, o assédio a um prefeito do partido não é um tratamento recomendável do Palácio Iguaçu a um aliado.

Atração

A assessoria do secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, informou que não há nenhuma pressão do Palácio Iguaçu sobre os prefeitos para que ingressem no PMDB. O que ocorre, de acordo com a Casa Civil, é que os prefeitos preferem estar no partido do governador e tem pedido para se filiar ao PMDB.

Conforme a relação de prefeitos fornecida pelos peemedebistas, além dos prefeitos pedetistas e do PPS, filiaram-se também os prefeitos de Curiúva (Márcio Mainardes), Jundiaí do Sul (Joel Rauber), Tomazina (Luiz de Farias), Conselheiro Mairinck (Luiz Carlos Bueno), Figueira (Geraldo Molina), Joaquim Távora (Willian Walter Ovçar), Salto do Itararé (Selmo Carvalho), Santo Antônio da Platina – (José Ritti) e Sertaneja (Newton de Oliveira).

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