O PDT e o PTB selaram anteontem à noite, em Brasília, o acordo de coligação majoritária e proporcional que será homologado na convenção conjunta que realizarão no próximo dia 29 no Centro de Convenções de Curitiba. Os petebistas e pedetistas lançarão chapa única para a Câmara Federal e Assembléia Legislativa. Na reunião de Brasília, foram vencidas as resistências do PDT à coligação proporcional, na qual poderão participar ainda outros partidos, como o PL, que ainda não definiu sua posição na sucessão presidencial. O presidente estadual do PL, deputado federal Oliveira Filho, participou da conversa entre os pedetistas e petebistas em Brasília.
O senador Alvaro Dias, pré-candidato do PDT ao governo, disse que recebeu carta branca do PTB para fechar novas alianças e completar a chapa majoritária, indicando o candidato a vice e a segunda vaga ao Senado, já que a primeira está reservada ao senador Osmar Dias. O pré-candidato ao governo afirmou que pretende consultar os partidos coligados para definir o vice, mas ressalvou que o nome não precisa ser necessariamente do PTB.
Segundo o senador, a convenção nacional da Frente Trabalhista realizada anteontem em Pindamonhangaba (SP) aprovou a fusão do PDT e PTB, que será formalizada após as eleições de 6 de outubro. “A partir disso, podemos atuar como se fôssemos um único partido. Nâo há a necessidade desta divisão de espaços na escolha do vice”, justificou o senador, que pretende anunciar o nome do seu companheiro de chapa somente no final do mês. Alvaro não confirmou sua preferência pela indicação do pedetista Luiz Forte Netto. ” Eu posso até ter uma preferência por alguém, mas todos serão consultados”, observou. A bancada do PTB na Assembléia Legislativa já indicou o nome do deputado estadual Luiz Accorsi para a vaga.
De fora
No Paraná, a Frente Trabalhista não deverá ter a participação do PPS, já que o presidente estadual do partido, deputado federal Rubens Bueno, mantém sua pré-candidatura ao governo. Alvaro disse que respeita a posição do PPS, e que enquanto o partido mantiver uma pré-candidatura ao governo não existe a possibilidade de entendimento entre as duas legendas.
O senador também tem mantido conversas com o PPB, partido que está incluído entre os aliados dos tucanos em torno da candidatura do vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, ao governo do Estado. O PPB não comenta a articulação com o PDT. A justificativa da direção do partido é que somente a partir da próxima segunda-feira o PPB irá se posicionar. Os pepebistas estão esperando o desfecho da convenção do PFL, marcada para sábado, para tomar uma decisão final sobre alianças.