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Bueno e Osmar viajam hoje
para o Rio de Janeiro.

Os presidentes estaduais do PDT, senador Osmar Dias, e do PPS, Rubens Bueno, estarão hoje no Rio de Janeiro discutindo a aproximação entre as duas siglas, que desde o ano passado vêm cultivando um projeto de fusão.

Bueno e Osmar vão se encontrar no Seminário Nacional Darcy Ribeiro de Socialistas e Trabalhistas, promovido pelas fundações Astrogildo Pereira e Alberto Pasqualini, ligadas aos dois partidos.

A fusão é uma tese forte nacionalmente, mas, regionalmente, o PPS não pode nem ouvir falar no assunto. Conforme O Estado apurou, a direção do partido defende uma aliança entre as duas siglas em 2006, sobretudo na disputa presidencial, mas fusão está fora da agenda do PPS no Paraná. Bueno não renega a fusão, mas defende abertamente a coligação. "Temos um longo caminho a percorrer neste processo de aproximação. E há disposição de ambas as partes de seguir juntas numa jornada solidária que levará à aliança entre PPS e PDT nas eleições presidenciais de 2006", comentou.

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Para o PPS, a disputa da eleição para o governo em 2006 está acima de qualquer outro projeto. Setores do partido garantem que os comentários sobre uma possível indicação de Bueno para concorrer ao Senado, numa chapa com Osmar Dias candidato ao governo, não têm consistência. O PPS precisaria ter um candidato próprio para escapar da ameaçadora cláusula de barreira, que prevê, a partir de 2006, um percentual mínimo de votos nos estados e nacionalmente para que um partido tenha reconhecimento parlamentar como bancada e acesso à propaganda eleitoral gratuita para expor seus projetos. O partido que não atingir o piso de votos também não terá direito a recursos do fundo partidário.

Os encontros mantidos entre Bueno e Osmar no processo eleitoral deste ano não foram avaliados como promissores por integrantes do PPS. O acordo desejado pelo PPS acabou não sendo fechado. Bueno queria o apoio de Osmar à sua candidatura a prefeito. Em troca, o PPS apoiaria candidatos do PDT no interior. À exceção de Londrina e Paranaguá, onde o PPS apoiou candidatos do PDT, a fórmula não funcionou. O PDT de Osmar Dias foi de corpo e alma para a campanha do tucano Beto Richa em Curitiba. Aliança que Osmar quer repetir para concorrer ao governo dentro de dois anos. "Houve no Paraná uma clara demonstração do surgimento de novas lideranças e um novo ciclo político. Considero que a vitória de Beto Richa, em Curitiba, que o PDT apoiou, foi emblemática. Embora tivéssemos a possibilidade de lançar candidato próprio, entendemos que era importante realizarmos em Curitiba uma aliança já projetando uma possível união para 2006", comentou.

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Pedetistas promovem encontro

O senador Osmar Dias convidou o presidente do diretório estadual do PPS, Rubens Bueno, para um encontro estadual do PDT, que será realizado amanhã em Curitiba, no auditório do Cietep (Centro Integrado de Trabalhadores na Indústria do Paraná).

Bueno, entretanto, ficará no Rio de Janeiro para a reunião do diretório nacional do PPS, que decidirá sobre o afastamento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas o deputado estadual Marcos Isfer irá representar o PPS na reunião pedetista.

Posição

O PDT irá reunir deputados do partido, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos para discutir a agenda partidária para 2005-2006. São convidados o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi e o secretário-geral, Manoel Dias. O partido elegeu 44 prefeitos, 27 vice-prefeitos e 335 vereadores.

O partido irá decidir que posição adotar em 2005 em relação aos governos estadual e federal. "Como novo líder do PDT no Senado defendo que a bancada adote uma linha de independência, votando a favor dos projetos que beneficiem a sociedade e rejeitando iniciativas que possam trazer prejuízos à sociedade", diz o senador. "Em relação ao governo do Estado, manteremos também a mesma postura crítica. Queremos fortalecer o partido e atrair novas lideranças. O PDT está aberto a todos aqueles que quiserem oferecer ao Paraná uma nova perspectiva de desenvolvimento e crescimento." (EC)