Foi bem sucedida a primeira investida da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, para ganhar o apoio de partidos governistas em 2010. No jantar oferecido à cúpula e às bancadas do PDT na Câmara e no Senado na terça-feira, a ministra da Casa Civil obteve a simpatia dos convidados, os convenceu de que o Planalto trabalha para ter apenas uma candidatura na base aliada e uma eleição polarizada entre governo e oposição e ainda conseguiu “desmontar” a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE).

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“O Ciro, hoje, está descartado como candidato até pelo convencimento geral de que a candidatura dele está sendo administrada pelo presidente Lula”, resume o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Ele é um dos raros pedetistas que não compareceu ao jantar, mas, depois de conversar com os companheiros de bancada e com o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, foi quem melhor traduziu o resultado do encontro.

Mais do que se apresentar como candidata tanto ao PDT como ao PRB, com quem também se reuniu anteontem, Dilma procurou se mostrar capaz de superar a vantagem que Ciro exibiu sobre ela nas últimas pesquisas de intenção de voto. Os pedetistas chegaram ao encontro dispostos a obter o apoio da ministra para a proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais. Ao final, foi Dilma quem contabilizou lucro. “Ela virou o jogo e ganhou o PDT. Ficamos todos encantados”, diz o líder da bancada na Câmara, deputado Dagoberto (MS).

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