O senador Osmar Dias (PDT) continua dependendo de decisões nacionais para articular sua candidatura ao governo do Estado no próximo ano. Osmar e o vice-presidente estadual do partido, deputado estadual Augustinho Zucchi, participaram ontem no Rio de Janeiro da reunião da direção nacional do PDT, que não alterou sua posição sobre a sucessão presidencial. Amanhã o senador concede uma entrevista coletiva em Curitiba sobre seus próximos passos na disputa estadual.
A expectativa dos pedetistas era que a direção nacional recuasse da tendência de participar da disputa presidencial com uma chapa própria. Mas o assunto divide o partido e, segundo Zucchi, outras reuniões ainda terão que ser feitas para que a sigla feche uma posição final sobre o tema. O PDT tem três presidenciáveis: os senadores Cristovam Buarque (DF), Jefferson Peres (AM) e o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa.
Além do Paraná, onde Osmar pede liberdade para compor suas alianças, Zucchi citou que outros estados também estão na mesma situação. Segundo o deputado, Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo também estão condicionando suas candidaturas ao governo à autonomia de coligações. Essa liberdade somente será possível em duas situações: ou o Congresso Nacional derruba a verticalização das coligações, a regra que obriga o partido a seguir nos estados as mesmas alianças que forem feitas nacionalmente, ou o PDT abdica de lançar candidato à sucessão presidencial.
As discussões vão prosseguir, disse Zucchi. A tendência de lançar candidato a presidente também está relacionada à cláusula de barreira, norma que exige uma votação mínima dos partidos nos estados para continuarem mantendo o direito de participar da vida parlamentar, como integrar as comissões na Câmara e Senado e ser reconhecidos como bancadas. A tese da direção nacional do PDT é que sem uma candidatura presidencial, o partido corre o risco de não passar na cláusula de barreira, que exige que os partidos obtenham pelo menos 5% dos votos apurados nas eleições em no mínimo um terço dos estados, sendo que em cada um deles o partido terá que conquistar 2% dos votos.
![Grupos de WhatsApp da Tribuna](/resources/images/blocks/whatsapp-groups/logo-whatsapp.png)