Nem foi criado, o Partido Democrático Brasileiro (PDB) já sofrerá mudanças. Em processo de criação pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e dissidentes do DEM, o partido deve ser registrado como PSD (Partido Social Democrático). A confirmação veio do deputado federal Guilherme Campos (SP), aliado do prefeito paulistano, que acompanhará Kassab na nova legenda. “Todo mundo já sabe a minha posição”, disse Campos.
Embora o aliado dê como certo que o nome escolhido será PSD, Kassab ainda não procurou seus advogados para informar a decisão. O estatuto do novo partido já está pronto há mais de uma semana e segue com o nome da nova legenda em branco. A expectativa é de que a reunião de criação do novo partido ocorra até o fim do mês.
Na avaliação dos aliados de Kassab, o nome ficou desgastado por associar o interesse do prefeito em se aproximar da base governista. A repercussão negativa da movimentação política fez com que alguns aliados tradicionais de Kassab, como o deputado federal Rodrigo Garcia (SP), anunciassem a permanência no DEM.
Durante o trâmite de registro da nova sigla, Kassab e os fundadores da legenda podem seguir em seus respectivos partidos, até que o TSE oficialize o PSD. O primeiro PSD foi criado em 1945 e abrigou os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Eurico Gaspar Dutra. Foi extinto durante a ditadura e recriado na década de 1980. Em 2003, foi incorporado ao PTB.
Para demonstrar força política, o prefeito de São Paulo poderá ir no próximo domingo, 20, para Salvador ao encontro do vice-governador do Estado, Otto Alencar (hoje PP), que estaria disposto a entrar no PSD. A assessoria de imprensa de Kassab ainda não confirmou a agenda do domingo.