Pauta do Congresso foi prioridade na reunião com Dilma, diz ministro

O ministro da Secretaria da Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, afirmou nesta segunda-feira, 9, que a “prioridade” da reunião de coordenação política comandada pela presidente Dilma Rousseff pela manhã foi a pauta desta semana do Congresso Nacional. Segundo ele, a presidente defendeu mais uma vez a necessidade de aprovar as medidas do ajuste fiscal que tramitam na Câmara e no Senado. Mesmo com as divergências sobre algumas matérias, ele afirmou que o governo considera “grandes” as chances de aprová-las e usará o “diálogo” para alcançar esse objetivo.

“A presidente Dilma mais uma vez afirmou a necessidade de estarmos aprovando as medidas necessárias para que o Brasil consiga criar as bases para retomada do crescimento econômico, da geração de empregos”, afirmou Edinho em entrevista coletiva após o encontro com Dilma, ministros e líderes no Planalto. O governo se apega à crença de que as lideranças partidárias no Congresso têm consciência da importância da aprovação das medidas, diante da crise econômica interna e internacional. “São lideranças que têm responsabilidade diante desse quadro e sabem da importância das medidas que garantam equilíbrio fiscal”, disse.

Repatriação e meta fiscal

Sobre as divergências em relação ao projeto da repatriação de ativos no exterior, Edinho afirmou que o governo vai dialogar com o relator, deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), em busca de “consenso” sobre as mudanças feitas por ele em seu parecer, como a que diminuiu para 30% a alíquota total da multa que incidirá sobre os bens ou patrimônios mantidos no exterior que forem regularizados. O porcentual alterado é menor do que o defendido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. No projeto inicial, a equipe econômica queria alíquota total de 35%.

Da mesma forma, o ministro destacou que o governo também tentará dialogar com lideranças partidárias para tentar aprovar a mudança na meta fiscal de 2015 até dezembro. Conforme vem sendo publicado pela imprensa, haveria um movimento capitaneado pelo PMDB para protelar a aprovação da mudança para 2016. Dessa forma, a presidente Dilma cometeria mais um crime de responsabilidade fiscal, o que criaria novo motivo para um processo de impeachment contra ela. “O governo está dialogando para que todas as medidas importantes que garantam o ajuste fiscal sejam aprovadas pelo Congresso”, reiterou.

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