Faltou habilidade política à presidente Dilma Rousseff diante das sucessivas crises que já causaram a queda de quatro ministros em menos de oito meses de governo. A avaliação é do senador Paulo Paim (PT-RS), para quem “as coisas vão se acomodar ao natural” ao longo do governo.

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Após participar hoje de debate na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o senador, que é correligionário da presidente, defendeu a “faxina” feita em ministérios como o dos Transportes, do Turismo e, mais recente, da Agricultura, mas assumiu que a forma como a “limpeza” foi feita causou mal estar entre aliados do governo.

“A base de apoio está percebendo que a Dilma tem uma posição um pouco mais na linha da gestão do País”, disse. Paim chegou a comparar o estilo de governo de Dilma com o de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que, segundo o senador, “nasce um em 200 milhões” – e assumiu que houve certa frustração com o início do atual mandato. “Havia uma expectativa muito grande. (Mas) no início sempre há desencontros. Acredito que é natural”, salientou o petista.

O senador petista evitou comentar o fato de que todos os ministros que deixaram os cargos este ano foram “herdados” do governo de Lula e avaliou apenas que a presidente agiu certo em demitir aqueles sobre os quais recaíram suspeitas de irregularidades. “A Dilma vai mostrando toda sua capacidade política, além de ser uma grande administradora. Devagar ela vai trabalhando também na simetria política”, disse.

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