O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reforçou nesta quinta (9) que a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, terá uma atuação voltada à gestão dos projetos do governo federal e disse acreditar que a presidente Dilma Rousseff pretende definir de maneira mais clara o papel da Secretaria de Relações Institucionais.

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Na avaliação dele, a troca no comando da Casa Civil não representa uma mudança de prioridades do governo federal, mas apenas de estilo de atuação do titular da pasta. “A ministra não vai cuidar da articulação política. Foi anunciado, inclusive, que a missão dela é cuidar da gestão dos projetos. É articular com os ministérios sobre o andamento de projetos e cobrar em nome da presidente a prestação de contas”, disse Bernardo, ao chegar a evento promovido pelo HSBC na capital paulista.

O ministro afirmou não ter informações sobre se o petista Luiz Sérgio seguirá à frente da Secretaria de Relações Institucionais. “Acho que a função de fazer articulação política é da Secretaria de Relações Institucionais e acho que a presidente está querendo definir isso claramente agora”, disse.

Bernardo observou que existe uma mudança de estilo entre o ex-titular da Casa Civil Antonio Palocci e Gleisi Hoffmann. “Muda talvez o estilo, muda a forma de tratar. Ela e o Palocci com certeza têm diferenças no jeitão, mas as prioridades do governo são as mesmas”, destacou, fazendo na sequência uma brincadeira. “Mas eu prefiro a Gleisi”, afirmou em referência à ministra, que é sua esposa.

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De acordo com Bernardo, desde a posse de Gleisi, na quarta-feira (8), o casal conversou pouco. “Nós mal conversamos. Eu cheguei em casa quase à meia-noite. Ela também tinha chegado muito tarde, mas nós vamos conversar”, afirmou. O ministro disse ainda que telefonou na manhã de hoje para a esposa, mas ela não pode atendê-lo porque estava em reunião. “A gente vai se acostumar”.

Consultoria

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Bernardo comentou também a informação divulgada nesta quinta (9) pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a ministra-chefe da Casa Civil atuou no ramo de consultoria nos últimos anos e que a existência da empresa, entre 2007 e 2009, não aparece em sua declaração de bens enviada à Justiça Eleitoral. Em 2008, a petista foi candidata à prefeitura de Curitiba.

“Eu não me preocupo em nada. Ela tinha um trabalho para ganhar a vida”, disse. “Ela não era agente público, não era empregado público, não tinha cargo no governo e trabalhava para ganhar a vida. Apenas isso”, ressaltou. Gleisi informou ao jornal, por meio da assessoria, que a empresa de consultoria não constava na declaração de bens porque seus rendimentos tiveram início apenas a partir de 2008.