Na Galeteria Beira Lago – uma das mais concorridas de Brasília -, onde almoçava com a mulher, Elza, e mais 30 companheiros, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) foi informado por um assessor da sua absolvição pelo Conselho de Ética da Câmara. Nesse momento, houve comemoração geral de todos os que o acompanhavam, com gritarias, abraços e discursos. “Se esses caras tentarem me cassar de novo, não vão conseguir, porque 2010 está aí. Se quiserem insistir em me perseguir, vamos buscar os dados sobre a atuação de cada um e pôr todos no poste”, discursou Paulinho. “Pôr no poste” significa espalhar cartazes com informações comprometedoras, prática bastante usada pela Força Sindical.

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Antes dele, Elza, a esposa, conclamou todos a festejar. O deputado, então, foi carregado nos ombros até o lado de fora da galeteria. Fez o “v” da vitória e ouviu o coro: “Mexeu com Paulinho, mexeu comigo”. Antes disso, todos haviam participado de uma passeata pela manutenção do emprego – iniciativa conjunta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical, entidade presidida pelo próprio Paulinho.

Durante o almoço – a R$ 23,90 por cabeça, custeado pela Força Sindical – houve brindes em comemoração à absolvição. No discurso, Paulinho disse que tentar cassar um sindicalista é diferente de abrir processo contra um deputado que não exerce essa atividade. “A Força Sindical está em todo o Brasil. Se for preciso, nós vamos colocar gente para fazer manifestação na base do deputado que tentar nos perseguir”, declarou.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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