O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, convocou uma coletiva na manhã deste sábado para prestar esclarecimentos sobre reportagem da revista “IstoÉ” que o aponta como responsável pela liberação de R$ 78 milhões para obras irregulares. Segundo Passos, esses repasses foram feitos de forma legal para “otimizar a aplicação dos recursos em cada exercício”.
Questionado sobre a possibilidade de que haja novas demissões na pasta, Passos respondeu que não pode descartá-las. “Se houver razões que justifiquem o afastamento de outras pessoas, elas podem ser substituídas, sim”, disse.
As denúncias de “IstoÉ” envolvem o repasse extra de recursos para três rodovias federais no ano passado – BR-317 (trecho do Amazonas), BR-265 (trecho de Minas Gerais) e BR-101 (trecho do Rio de Janeiro). De acordo com o ministro, a liberação desses créditos suplementares atende a um procedimento usual na administração pública de remanejamento dos recursos de obras que estão paradas para outras que estão em ritmo mais avançado.
No caso de trecho da BR-101, em que um contrato de duplicação da rodovia foi aumentado em 100%, o ministro admitiu possíveis falhas na elaboração do projeto original, as quais atribuiu à diretoria de planejamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Nos últimos 15 dias, foram afastados seis funcionários da cúpula do Ministério dos Transportes e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), após o surgimento de denúncias de superfaturamento em obras.