A Petrobras informou nesta segunda-feira que a Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, registrou lucro de US$ 73 milhões no primeiro semestre de 2014. O resultado diverge do valor informado originalmente, como “superior a US$ 90 milhões”, conforme a subsidiária Petrobras America Inc. havia registrado em seu balanço. Segundo a companhia, o valor foi “revisto” pela subsidiária.

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No balanço do segundo trimestre da companhia, publicado no último dia 8, a companhia não havia informado os resultados da refinaria. O documento cita apenas uma alta de 8% no processamento de óleo no exterior, em relação ao primeiro trimestre de 2014.

“O crescimento da produção de óleo não convencional (tight oil) nos Estados Unidos trouxe competitividade às refinarias para óleo leve do Golfo do México. A refinaria de Pasadena vem processando este ‘tight oil’ e assim obteve lucro líquido de cerca de US$ 73 milhões no primeiro semestre de 2014”, informou a estatal em comunicado divulgado nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa.

A Petrobras informou também que investe, anualmente, cerca de US$ 85 milhões desde 2006 para manutenção da unidade. A estatal preparou um extenso comunicado detalhando todo o histórico da compra de Pasadena, que é alvo de investigação de duas CPIs no Congresso, além de uma condenação do Tribunal de Contas da União (TCU).

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O tribunal apontou prejuízo de US$ 793 milhões com a compra da unidade e determinou o bloqueio de bens dos integrantes da diretoria da empresa à época. Na próxima quarta-feira, o TCU julgará se também a atual presidente, Graça Foster, será responsabilizada pelo prejuízo e terá seus bens bloqueados.

Na última semana, revelou-se que a executiva e o ex-diretor da área Internacional, Nestor Cerveró, transferiram parte dos bens para familiares entre março e junho, antes da decisão de bloqueio pelo TCU. Graça Foster afirmou que já buscava a transferências dos imóveis desde 2013. Já Nestor Cerveró confirmou a doação aos familiares apenas 45 dias antes da decisão do TCU.

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