Mesmo não sendo um ano eleitoral, em 2005 os partidos vão começar cedo a propaganda eleitoral gratuita nas emissoras de rádio e televisão. A partir do próximo dia 1.º de janeiro, recomeçam as inserções partidárias nacionais ao longo da programação.
E no dia 3, entram no ar os programas regionais, em que os partidos terão cinco minutos diários para preparar o terreno da sucessão estadual de 2006. O PPS, o PDT e o PSDB serão os primeiros a exibir seus programas em janeiro.
Os "comerciais" do PPS vão lançar uma campanha de filiações ao partido, que busca se estruturar para a disputa do governo do Estado. Durante quatro dias de janeiro, o presidente do PPS e secretário-geral da executiva nacional, Rubens Bueno, vai ser visto e ouvido exortando os eleitores a se juntarem ao que chamará de "construção de uma nova alternativa" para o estado e o país.
Com 35 prefeitos eleitos, 31 vice-prefeitos e 290 vereadores, o PPS resolveu usar suas inserções para aproveitar ainda o rescaldo das eleições e conquistar novos filiados. De acordo com a direção, o partido conquistou uma legião de simpatizantes durante a campanha eleitoral que pretende transformar em militantes.
A idéia da campanha por novas filiações surgiu logo após as eleições de 3 de outubro, quando eleitores telefonaram para a sede estadual se oferecendo para ajudar a sigla e pedindo informações sobre como entrar no partido. Atualmente, o PPS tem cerca de dez mil filiados em todo o estado, informou a assessoria de Bueno.
Protagonista
Já o PDT vai gastar seus cinco minutos mostrando seus deputados, alguns prefeitos, mas, sobretudo, enfocando a atuação do senador Osmar Dias no Congresso Nacional. Nos próximos dias 4 e 5 de janeiro, a bancada e as lideranças do interior se reúnem em Curitiba para fazer as gravações.
O vice-presidente do diretório estadual, deputado Augustinho Zucchi, disse que as inserções vão tocar em oito pontos fundamentais para o PDT, entre eles, o projeto político de 2006. Os pedetistas vão abordar algumas questões administrativas, mas não partirão para o ataque contra o governo, assegurou Zucchi. "Vamos falar de infra-estrutura, mas vamos fazer propostas. Não vamos personificar o adversário. A nossa intenção é mostrar que o partido está preparado e tem um projeto político e administrativo para o estado. E o senador é o homem para capitanear esse projeto", comentou.
Estrela
O PSDB exibe seus programas no final do mês de janeiro e na primeira quinzena de fevereiro. As gravações ainda não começaram e os tucanos discutem se farão edições regionalizadas da sua propaganda. O que está certo é que o prefeito eleito de Curitiba e presidente estadual do partido, Beto Richa, estará em todos eles, assim como o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão. O deputado assumirá o comando do partido assim que Beto se licenciar do cargo, no início do ano.
Se o PSDB fizer edições específicas para cada região, as aparições de Beto vão se concentrar em Curitiba e Região Metropolitana, abrindo espaço também para o senador Alvaro Dias, que postula internamente a indicação para concorrer ao governo na próxima eleição. O tom geral do programa, segundo informou a assessoria de Beto, será mostrar ao eleitor "o jeito PSDB de governar" para consolidar a participação do partido no processo eleitoral de 2006.
As inserções dos demais partidos estão programadas para março, abril e maio. No final de fevereiro, o PT terá um programa e depois vários no decorrer de março. O PTB terá oito dias de inserções também em março. O PL e o PFL serão os últimos em maio e junho. O PMDB segmentou suas inserções e as distribuiu entre maio e junho.
