Os principais partidos estão mobilizando um exército de voluntários e contratados para atuar como fiscais no próximo domingo, quando Curitiba elege o seu próximo prefeito e trinta e oito vereadores.

Até uma estrutura de apuração paralela dos votos está sendo preparada pelas coordenações de campanha, que pretendem acompanhar passo a passo o processo eleitoral.

O PFL, que tem como candidato o vereador Osmar Bertoldi, promete colocar 4,5 mil fiscais distribuídos em cada uma das seções espalhadas pelos 391 locais de votação. O PFL também irá designar 391 delegados e uma equipe de 50 advogados voluntários para atuar no dia da eleição.

Já a coligação Tá na Hora, do deputado estadual Angelo Vanhoni (PT), anunciou ontem que irá dispor da ajuda de três mil pessoas para acompanhar o processo eleitoral. A coligação de Vanhoni vai colocar um delegado em cada uma das dez zonas. De acordo com a coordenação de mobilização, os fiscais do partido são militantes da coligação, formada pelo PT, PMDB, PCdoB, PCB, PTB e PSC. “Só estão sendo chamados a colaborar militantes dos partidos. Esperamos que a lei seja cumprida e que a eleição transcorra sem nenhum problema”, afirmou Luís Cláudio Romanelli, um dos coordenadores da campanha.

Os fiscais também ficarão encarregados de recolher os boletins das urnas e repassá-los aos delegados. Os boletins serão checados no comitê central de campanha, onde ocorrerá a apuração paralela dos votos.

No PSDB, o trabalho que foi denominado “Operação Dia D”, também está sendo minuciosamente planejado. “Vamos colocar dois fiscais por seção, como permite a lei eleitoral. E também estamos montando nossa infra-estrutura para fazer a apuração paralela”, explicou Michele Caputo Neto, um dos coordenadores da operação.

Segundo o coordenador, mais de noventa por cento dos fiscais que estarão a serviço da coligação são voluntários. Caputo disse que uma das preocupações dos tucanos é com o clima beligerante que pode se instalar entre os fiscais da coligação e dos concorrentes. “A lisura do processo está garantida pelo sistema eletrônico. Nós queremos que nosso pessoal apenas acompanhe e todos estão sendo orientados para atuar com muita tolerância e procurando evitar conflitos”, disse.

PPS fiscalizará adversários

A coligação Voto Limpo, que reúne PPS e PH, vai inverter a lógica da fiscalização. Ao invés de ficar de olho no processo de votação, as cerca de duzentas pessoas convocadas pelo candidato Rubens Bueno irão é fiscalizar os adversários, sobretudo do PT e do PFL. O coordenador da campanha, Elio Wirbiski, disse ter recebido um alerta de que petistas e pefelistas estão preparando um esquema de campanha de boca-de-urna e o PPS pretende denunciar qualquer iniciativa nessa linha à Justiça Eleitoral.

“Não precisamos fiscalizar as urnas porque confiamos no processo eletrônico e no TRE. A nossa preocupação é com as campanhas ricas, como as do PT e do PFL, que já fomos informados, vão fazer boca-de-urna. Isso é ilegal e nós vamos denunciar”, afirmou. “Os olheiros de Bueno estarão a postos nas proximidades dos locais de votação”, avisou. (EC)

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