Os partidos dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) já se organizam para disputar o espólio eleitoral da ex-ministra Marina Silva se ela não participar das eleições presidenciais de 2014. Ou mesmo para enfrentá-la, se ela for autorizada a disputar pela Rede ou optar pela candidatura por outra agremiação.

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Tucanos designaram o deputado estadual por Pernambuco Daniel Coelho como coordenador do partido para essa área. “A gente trabalha essa proposta hoje no formato da Rede. Esse agrupamento virtual, para agregar as pessoas pela internet. Não queremos fazer um debate interno e partidário apenas. Queremos atrair simpatizantes dessa causa, pessoas não ligadas na política partidária mas que se interessem pelo tema.”

Segundo ele, o resultado disso será um documento com metas ambientais que serão inseridas no plano de governo tucano. “Um ponto crucial é que a plataforma seja realista. Tem que trazer metas para colocar em prática ao longo do tempo.” Pontua, porém, divergências quanto a forma como Marina trata o assunto. “O Brasil tem diversos desafios. A pauta ambiental não pode e não deve guiar a campanha por si só. Marina se isola e dialoga pouco.”

No PT, a ordem é aproveitar as ações oficiais de governo para explorar o tema ambiental e o diálogo com o perfil do eleitorado de Marina. “Os principais feitos ambientais são a diminuição do desmatamento da Amazônia, o protagonismo do Brasil nas discussões sobre aquecimento global e os investimentos em geração de energia limpa”, disse o secretário-geral do partido e deputado federal Paulo Teixeira (SP).

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Teixeira também sugere que há possibilidade de a legenda trabalhar na campanha o fato de Marina ter sido ministra do Meio Ambiente do ex-presidente Lula (PT). “Marina fez parte deste governo e ajudou a implementar essa política.” A sigla também tenta resgatar o diálogo perdido com a juventude, em especial após as manifestações de junho. “As manifestações nos fizeram colocar isso na agenda do PT também.”

Debate. No PSB, a ideia é que a discussão seja feita por meio de um debate mais amplo e que envolva sustentabilidade, principalmente das cidades, onde se concentram a maior parte do eleitorado. “O debate ambiental tem a ver com a reforma urbana”, disse o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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