O diretório estadual do PMDB estabeleceu prazo até o próximo dia 15 para que os diretórios municipais formalizem consultas sobre as alianças com partidos que estão fora do espectro dos aliados.
Se no município, o partido não lançar candidatura própria e estiver negociando uma coligação com outros partidos que não o PT, PV e o PC-do-B, terá que pedir autorização ao diretório estadual antes de fazer o acordo.
A consulta tem que ser protocolada na secretaria do diretório estadual, contendo uma justificativa para a proposta de aliança.
O documento deve apontar o eventual candidato a prefeito que o PMDB pretende apoiar e os motivos para não cumprir a orientação estadual. A executiva estadual irá analisar todos os casos e responder se libera o acordo.
Os diretórios que não acatarem as diretrizes poderão sofrer intervenção ou dissolução. O diretório estadual também anulará a coligação que contrarie a resolução aprovada no mês passado, recomendando os modelos de acordos eleitorais que podem ser feitos.
O presidente do diretório estadual, deputado Waldyr Pugliesi, disse que não há veto específico a nenhum partido. Mas que a preocupação é evitar que o PMDB seja usado por outras siglas. Até agora, o PMDB já contabilizou cerca de trezentos candidatos próprios às prefeituras.
Mesmo entre os aliados, ainda há contas a acertar. Na próxima semana, as direções do PMDB e PT planejam uma reunião conjunta para discutir como estão indo os acordos locais. As lideranças municipais do PT têm reclamado que está dando mais do que recebendo apoio dos peemedebistas.
Na próxima segunda-feira, 2, os partidos que fazem oposição ao PMDB se reúnem mais uma vez para mapear suas alianças nas principais oitenta maiores cidades do estado. As direções do PSDB, PDT, DEM e PSB fazem a última reunião para listar as cidades onde terão candidatura única.
O vice-presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi, disse que ainda não está fechado o quadro das alianças do bloco no Estado. E que nesta reunião, as direções estaduais dos partidos vão apresentar o resultado das consultas que fizeram com as direções municipais sobre as possibilidades de acordo. Curitiba e região metropolitana são consideradas ?exceções? e estão sendo discutidas individualmente pelos dirigentes dos quatro partidos.
No caso de Curitiba, o DEM é a nota dissonante, já que o diretório nacional recomendou o lançamento de candidatura própria em todas as capitais e incentivou o deputado estadual Osmar Bertoldi a concorrer. Mas há uma ala do partido que ainda resiste e ainda defende o apoio à reeleição de Beto Richa (PSDB).
