Partidos buscam doações para as campanhas

O prazo para a prestação de contas de campanha encerra hoje e na percepção de vários partidos até o momento houve poucas doações financeiras. Os motivos apontados vão desde dificuldades econômicas até as mudanças na legislação eleitoral.

O tesoureiro da campanha do senador Osmar Dias (PDT), vereador Jorge Bernardi (PDT), é partidário da primeira opção. Ele acha que o empresariado está passando por dificuldades o que fez com que os recursos deixassem de fluir. Segundo Bernardi, para o orçamento que foi estimado pelo PDT (R$ 11 milhões), muito pouco foi arrecadado. ?Não posso precisar quanto arrecadamos, mas não foi muito?. Em contrapartida, diz Bernardi, também não houve muitos gastos, já que ainda não foram impressos os panfletos de campanha. A prestação de contas do PDT deve ser fechada até hoje pela manhã, para ser entregue ao Tribunal Regional Eleitoral.

Já na avaliação do presidente do comitê financeiro do PT, Pedro Paulo Costa, a arrecadação ficou mais difícil por causa das alterações da legislação eleitoral. Segundo Costa, muitos potenciais doadores acabam deixando de contribuir porque não querem ser identificados. Ele explica que na prestação de contas do partido, que será entregue hoje, a arrecadação se resumiu a duas doações do próprio partido, que movimentou até o fim de julho, entrada de R$ 15 mil, sendo que quase o mesmo montante já foi gasto.

Para o presidente do comitê financeiro da coligação do candidato Rubens Bueno (PPS), Jorge Gomes Rosa Filho, é normal que nesse primeiro mês a arrecadação seja pequena. Na prestação de contas que foi  entregue ontem, o PPS declarou que recebeu R$ 45 mil, dos quais foram gastos aproximadamente R$ 18 mil. ?Até agora  o fluxo de contribuições está retraído, mas acreditamos na melhora. De qualquer modo, nossa campanha é modesta, franciscana, até pelo perfil do nosso candidato?, declarou.

A coligação do governador Roberto Requião (PMDB) foi a que mais obteve sucesso na arrecadação de recursos para a campanha eleitoral. Segundo o coordenador financeiro da campanha de Requião, Milton Buabssi, já se conseguiu R$ 500 mil, dos quais R$ 350 foram gastos. Buabssi avalia que a arrecadação está razoável, se for considerado que começou muito tarde, uma vez que as regras demoraram a ficar claras. Segundo ele, a coligação não espera atingir os R$ 15 milhões previstos como limite de gastos, pois esse valor foi estipulado como um teto, já que a legislação não permite mudanças posteriores. A prestação de contas do PMDB foi entregue ontem.

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