Partidos apostam na internet para atrair jovens

Internet é um meio eficiente de informação sobre a campanha eleitoral? Apostando nisso e como veículo para atingir o público jovem, tradicionalmente alheio ao discurso político e à exposição de planos de governo com o objetivo de conquistar a confiança do eleitor, os candidatos capricharam nos sites colocados à disposição dos interessados. Protegidos pelo anonimato, adversários também recorrem à rede para difundir acusações e críticas em documentos apócrifos, semeando alguma preocupação nos staffs de campanha.

Se o esforço, no primeiro caso, é válido, a malícia, no segundo, não chega a ser compensada. Segundo o professor Rogério Bonilha, do Instituto Bonilha, ainda não existem pesquisas específicas sobre a repercussão da internet na campanha eleitoral, mas outras, correlatas, indicam que ainda é muito restrito o número de pessoas com aceso à internet. Em segundo lugar, o jovem, grande usuário da rede, costuma usá-la para jogos, chats diversos, blogues e similares. Dificilmente visitam sites de motivação política.

Finalmente, há a questão da credibilidade: “A internet, ainda mais através de documentos apócrifos, não é canal de credibilidade para o eleitor. Jornais, rádio e TV gozam de muito maior prestígio nesse quesito. Além do mais, apesar dos inúmeros programas de inclusão digital, o computador ainda é um instrumento ao alcance de uma elite com certo poder de discernimento que não vai aceitar qualquer informação. Para se convencer, ela vai buscar outras informações. Ainda é cedo para dizer que a internet está integrada no processo político-eleitoral”, pondera Bonilha.

Para reforçar sua posição, ele cita o exemplo de uma verdadeira campanha de rede com referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo viés do humor: “Ela vem crescendo a cada dia em todo País sem, entrentanto, sequer abalar o prestígio do presidente”.

Requisitos

A resolução 21.610/04 do TSE, que regulamenta as eleições deste ano, dispõe em seu artigo 78 sobre as condições para que os candidatos disponham de páginas na internet como mecanismo de propaganda eleitoral.

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