Parte de depósito da Prefeitura de Cláudio-MG pega fogo

Um incêndio atingiu parte de um galpão que funcionava como depósito da Prefeitura de Cláudio, no centro-oeste de Minas. Por meio de sua assessoria, a prefeitura negou que as chamas tenham destruído documentos ou qualquer objeto que tenha alguma importância.

De acordo com o boletim do Corpo de Bombeiros, o fogo destruiu “mimeógrafos, impressora, máquina de datilografar, peças de isopor e papelão” em quantidade que não foi possível “precisar”. O incêndio teve início em um lote vago e depois passou para o cômodo no segundo andar do galpão, onde são guardados os carros da prefeitura. A assessoria do órgão confirmou que havia veículos no local, mas nenhum foi danificado e o fogo ficou restrito ao cômodo de 9 metros quadrados onde eram guardados “objetos obsoletos” que não eram mais usados.

Quando os bombeiros chegaram ao local, o fogo já havia sido apagado pelos próprios funcionários da prefeitura, com auxílio de um caminhão-pipa. Segundo o subtenente Rui César Ferraz de Bulhões, responsável pela ocorrência, a temperatura do incêndio não foi tão alta porque “a fiação elétrica do cômodo atingido não foi danificada, sendo que os fios permaneciam encapados”. A Polícia Civil deve investigar as causas do incêndio.

A prefeitura entrou no centro da polêmica a respeito da construção de aeroporto do município porque, apesar de ser um primo do presidenciável Aécio Neves que tinha a chave para o portão do terminal, o município deveria ser responsável pelo controle do campo de aviação. Por falta de documentos, o aeroporto, concedido por meio de outorga ao governo de Minas, ainda não foi homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Aécio admitiu o “equívoco” de ter pousado “três ou quatro vezes” no aeroporto com um avião da família após ter deixado o governo. O aeroporto foi construído durante a gestão de Aécio no governo mineiro em uma fazenda que pertencia a um tio-avô do tucano, o ex-prefeito Múcio Guimarães Tolentino.

Foi no comando da prefeitura de Cláudio que Múcio Tolentino construiu a primeira pista de pouso, de terra batida, em sua própria fazenda. A obra foi realizada em 1983 com recursos do governo do Estado, então sob gestão de Tancredo Neves (PDMB), avô do atual senador e cunhado de Tolentino. O ex-prefeito está com bens bloqueados, assim como a fazenda que foi desapropriada no governo de Aécio, por causa de ação de improbidade administrativa que tramita contra Tolentino na Justiça.

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