Parlamentares petistas protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta terça-feira, 7, pedido de audiência entre os ministros da Corte e os manifestantes que há sete dias fazem greve de fome pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Operação Lava Jato. A intenção do encontro com os magistrados é cobrar a inclusão na pauta do plenário das Ações Declaratórias de Constitucionalidade, que tratam da prisão após condenação em segunda instância.

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Participaram do ato os senadores Gleisi Hoffmann (PR), presidente do partido, e Lindbergh Farias (PB) e os deputados federais Nilto Tatto (SP), Leonardo Monteiro (MG), Bohn Gass (RS), Henrique Fontana (RS), Padre João (MG), Paulo Pimenta (RS), Assis Carvalho (PI), João Daniel (SE).

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Ao chegarem, os parlamentares, grevistas e manifestantes foram inicialmente impedidos de ingressar na seção de protocolo da Corte pela equipe de seguranças do STF. A medida tinha o objetivo de evitar manifestações no entorno do Supremo, afirmaram os seguranças.

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A presidente da sigla considerou a situação “esdrúxula”. “Nunca impedimos ministros de entrarem no Congresso. Só gente que tem muito medo é que faz esse tipo de coisa, isso é um retrato da crise institucional”, disse.

Pouco mais de quinze minutos depois, a situação foi resolvida e os deputados, senadores e grevistas puderam entrar para assinar os documentos. “(Viemos) Mostrar que quem está em greve quer se manifestar junto às autoridades judiciais, mostrar o que está acontecendo, pedir para que Lula seja libertado, os processos julgados, mostrar apoio ao presidente Lula e a preocupação com o País. Acho que isso é muito importante”, disse Gleisi.

Greve de fome

A greve de fome começou na última terça-feira, 31. Integram a greve de fome integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central dos Movimentos Populares (CMP).

De acordo com os coordenadores dos movimentos, os protestos vão ocorrer em Brasília, na frente da sede da Corte, e abrem uma série de atos que reivindicam a candidatura do petista, preso em Curitiba desde 7 de abril.

“A ideia é só sair no dia em que Lula for solto, porque Lula representa para nós a possibilidade de restabelecer a ordem democrática, a soberania nacional e a dignidade para o povo brasileiro”, afirmou na semana passada Jaime Amorim, integrante do MST de Pernambuco.