Foto: Aliocha Mauricio

Kielse: ?Muitos semáforos?.

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O deputado Cleiton Kielse (PMDB) pretende mudar os planos da prefeitura de Curitiba para a Linha Verde. O parlamentar divulgou esta semana um relatório, embasado em análise do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), de 2003, no qual afirma que o projeto executado pela prefeitura atravancará o trânsito na região da via, que consistirá na transformação da BR-116 em avenida. O motivo seria o excesso de semáforos e a falta de viadutos, trincheiras e passarelas de pedestres.

Semana passada, Kielse pediu na Assembléia Legislativa a intervenção do Dnit no projeto que está sendo executado. Ele pretende receber o apoio do órgão para levar ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, o que seria uma alternativa mais viável à execução municipal – o deputado elaborou de forma independente, e tendo como base as conclusões do estudo de 2003, um projeto alternativo ao atual. ?Se a Linha Verde for construída da forma como está prevista, com tantos semáforos, ela irá travar o trânsito da região.?

A solução, para o deputado, seria a implementação de viadutos e trincheiras além dos já contemplados ao longo dos 18 quilômetros iniciais da Linha Verde, a serem finalizados ainda este ano. ?Já conversei com o prefeito (Beto Richa) alertando-o sobre isso, mas ele diz que as alterações não são possíveis porque não há dinheiro. Por isso vou atrás dos recursos junto ao governo federal e ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem, do governo do Estado).? Para o deputado, um acréscimo de R$ 40 milhões seria suficiente para pôr em prática seu projeto, montante este passível de ser adquirido por meio de negociações.

Defendendo a legenda, o deputado Valdir Rossoni (PSDB) diz que já colocou à disposição técnicos da prefeitura para discutir o assunto. Mas põe o peemedebista à prova: ?Como acreditar na pessoa que compõe a base do mesmo governo que negou recursos à prefeitura depois que o convênio (da Linha Verde) já estava assinado e que já revogou recursos firmados com Curitiba para outras obras??, alfinetou, fazendo referência às verbas cortadas pelo governo Requião em 2006 sob alegação de dívidas da prefeitura junto ao Estado.

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Já Dnit e prefeitura se abstêm de comentar o caso. Por meio de sua assessoria, o Dnit informou que, na época do estudo, o trecho onde a Linha Verde está sendo construída ainda não era concedido à administração municipal. E a assessoria da prefeitura responde que o projeto da Linha Verde foi previamente submetido à análise e aprovação por parte do governo federal, acrescentando que os viadutos não cabem no projeto porque o objetivo da Linha Verde é justamente dar à via traços de avenida, e não de rodovia.