Paranaenses vão decidir hoje quem será o novo governador

Termina hoje para o governador licenciado Roberto Requião (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT) uma jornada eleitoral de quatro meses. Requião vai em busca do terceiro mandato como governador do Estado. Osmar tenta chegar pela primeira vez ao governo. A decisão caberá aos 7 milhões e 121 mil eleitores do Paraná, distribuídos entre 399 municípios.

Respaldado nas pesquisas de intenções de votos, divulgadas durante a semana, Requião já dá como fato consumado a sua reeleição. ?Nada mais muda o resultado desta eleição. A aprovação do nosso governo chegou a 75%. Espero que esta aprovação se traduza em votos e que este caminho que o Paraná vem trilhando se mantenha. A eleição está decidida?, declarou o governador que, conforme o resultado da pesquisa Ibope, divulgada na quinta-feira passada, tinha seis pontos percentuais a mais que o adversário.

Mas o senador Osmar Dias garante que seus levantamentos internos apontam uma direção diferente, levando-o à vitória neste domingo. ?O quadro melhorou muito para nós nas últimas horas, principalmente depois do debate (o último foi na noite de quinta-feira). É uma eleição disputada, apertada, mas eu confio que a vontade da mudança será maior do que manter o que aí está?, disse.

Desfecho

Os dois candidatos encerraram suas campanhas ontem em Curitiba, que concentra o maior número de eleitores do estado. Requião visitou seis bairros da capital, em carreata que passou pelo Capão da Imbuia, Vilas Oficinas, Centenário, Vila Autódromo, Jardim Agrícola e Jardim Acrópole. Depois, foi para a Granja do Cangüiri, acompanhado de alguns assessores.

Osmar também participou de carreatas, organizadas em vários bairros. Ele cancelou uma caminhada pela Boca Maldita, centro de Curitiba, onde estava programado o final oficial de sua campanha. O local foi o ponto final de uma caminhada de militantes do PMDB e do PT, que se concentraram na Boca Maldita com bandeiras e carros de som e pediram votos para a reeleição de Requião e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O vereador Jorge Bernardi, suplente de Osmar no Senado e integrante do staff de campanha, disse que a mudança de roteiro foi uma medida para evitar confrontos entre os cabos eleitorais. Durante a semana, em uma carreata comandada pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), na região sul da cidade, houve um conflito entre cabos eleitorais de Osmar e de Requião. ?Chega de confusão. Suspendemos a caminhada para não ter confronto. Não nos leva a nada?, afirmou.

Laços desfeitos

O segundo turno da campanha eleitoral abalou as relações de amizade entre Requião e Osmar. Apesar de filiados a partidos diferentes, o governador e o senador sempre cultivaram as relações pessoais e políticas. No primeiro turno, o governador procurou não reagir às críticas feitas pelos vários adversários na disputa, mas o confronto direto do segundo turno opôs o peemedebista e o pedetista, expondo publicamente questões até de ordem pessoal, como o patrimônio de cada um.

Requião não perdoa o senador por ter se juntado a seus inimigos políticos e feito críticas que ele considera injustas ao seu governo. Osmar diz que as agressões partiram de Requião e que somente reagiu. ?Eu fui muito caluniado. Tive que reagir. Nossas boas relações não foram respeitadas por ele. E somente poderão ser retomadas se ele retirar as calúnias?, afirmou. 

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