Se o Congresso aprovar a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, os paranaenses terão de trabalhar seis anos a mais para conseguir o benefício, em relação ao que ocorre sob as regras atuais.

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De acordo com um estudo dos pesquisadores Rogério Nagamine Costanzi e Graziela Ansiliero, o Paraná é um dos três estados onde os trabalhadores urbanos se aposentam mais cedo pelo INSS, ao lado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Considerando-se as aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, os paranaenses que trabalham na cidade se aposentam em média aos 58,7 anos, segundo dados do INSS relativos a 2014. Os gaúchos se aposentam aos 56,8. E os catarinenses, os aposentados mais precoces do país, alcançam o benefício aos 56,4 anos, em média.

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Com a idade mínima de 65 anos, os que esperavam se aposentar antes são justamente os que mais terão de aguardar o benefício. Os paranaenses terão de estender a vida de trabalho por pouco mais de seis anos. Os gaúchos, por cerca de oito anos. E os catarinenses, por quase nove.

Por outro lado, para os habitantes de alguns estados do Norte e Centro-Oeste, que hoje se aposentam perto dos 62 anos, a “jornada extra” será de mais ou menos três anos.

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Na média de todos os brasileiros, a aposentadoria pelo INSS se dá aos 59,2 anos. Se a reforma for aprovada, vai exigir quase seis anos de contribuição adicional.

A pesquisa de Rogério Costanzi e Graziela Ansiliero não abrange as aposentadorias rurais. Pelos planos do governo, os trabalhadores do campo, que hoje podem se aposentar por idade cinco anos antes que os demais (mulheres aos 55 e homens aos 60), terão de prolongar significativamente o tempo de trabalho para requerer o benefício.

Formalização

Quanto mais formalizada a economia do estado, maior costuma ser a proporção de aposentadorias por tempo de contribuição (após 30 anos de trabalho formal, para mulheres, e 35, para homens). E, portanto, mais baixa tende a ser a idade média de aposentadoria de seus cidadãos.

No Paraná, por exemplo, os que se aposentaram por tempo de contribuição em 2014 alcançaram esse benefício aos 54,7 anos de idade, na média dos trabalhadores urbanos. Apenas em Santa Catarina (53 anos), Rio Grande do Sul (53,1) e São Paulo (54,6) os segurados conquistaram o benefício mais cedo.

Por outro lado, nos estados com predominância da aposentadoria por idade (aos 60 anos para mulheres e 65, para os homens), a idade média com que as pessoas se aposentam é maior. Em Roraima, Amapá e Tocantins, por exemplo, ela passa de 62 anos.

Idade média de aposentadoria em cada estado, dos mais precoces aos mais tardios:

  1. Santa Catarina – 56,4 anos
  2. Rio Grande do Sul – 56,8
  3. Paraná – 58,7
  4. São Paulo – 58,9
  5. Minas Gerais – 59,9
  6. Sergipe – 59,9
  7. Espírito Santo – 60,1
  8. Rio de Janeiro – 60,2
  9. Alagoas – 60,3
  10. Distrito Federal – 60,3
  11. Rio Grande do Norte – 60,3
  12. Bahia – 60,4
  13. Pernambuco – 60,4
  14. Ceará – 60,6
  15. Paraíba – 60,7
  16. Amazonas – 61,0
  17. Goiás – 61,3
  18. Piauí – 61,3
  19. Acre – 61,4
  20. Mato Grosso do Sul – 61,4
  21. Maranhão – 61,5
  22. Pará – 61,5
  23. Mato Grosso – 61,9
  24. Rondônia – 61,9
  25. Roraima – 62,1
  26. Amapá – 62,3
  27. Tocantins – 62,6