Paranaense é a campeã dos cartões corporativos

A diretora do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Lígia Setenareski, é a servidora federal que mais gastou em compras com o cartão corporativo do governo. Com R$ 501.268,50, ela gastou, entre novembro de 2005 e fevereiro deste ano, mais que o dobro gasto pela ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro, que deixou o cargo após a divulgação de seus gastos de R$ 244.802,70 com o cartão.

A lista dos que mais gastaram com o cartão corporativo foi divulgada ontem pelo jornal Correio Braziliense, após o Banco do Brasil enviar ao Congresso um banco de dados com informações sobre os 11 mil cartões do governo. Segundo as informações do jornal do Distrito Federal, todas as despesas de Lígia foram feitas em dólares e a maior compra única foi no valor de R$ 34.376,61 no dia 26 de fevereiro do ano passado.

A ex-ministra é a terceira da lista, atrás do servidor público Luiz Carlos Costa, que gastou 252.901,94. Segundo os números do Banco do Brasil, pelo menos 1.500 servidores que usam o cartão corporativo ultrapassaram esse valor, entre eles os ministros do Esporte, Orlando Silva; e da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin.

Em nota divulgada pela UFPR, Lígia Setenareski declarou que todo o gasto com cartão corporativo foi exclusivamente para a aquisição de material bibliográfico para a universidade. Segundo a nota, os R$ 501 mil foram utilizados para a compra de livros, periódicos e outras fontes de pesquisa.

A nota informa que a universidade vem ampliando os recursos destinados ao Sistema de Bibliotecas e que muitos dos materiais estão sendo comprados no mercado internacional. ?Em âmbito nacional são feitas licitações para formalizar as compras. O cartão é utilizado somente nas operações feitas no mercado externo, em contatos diretos mantidos com os editores?, diz a nota. ?Na verdade, o cartão é apenas um instrumento de pagamento e evita as despesas adicionais de ordem bancária ou de emissão de cheques. Ainda a compra direta do editor torna a UFPR isenta de impostos porque não há o intermediário, no caso, o livreiro?, conclui.

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