É do Paraná um dos mesários mais antigos do país. José Carlos Rocha, viúvo, 79 anos, já participou de 40 eleições. “Comecei a trabalhar com urnas de madeira, depois de lona, eletrônicas e espero conhecer as tais urnas biométricas”, afirma.
Seu Rocha, como é conhecido, conta que sua condição de um dos mesários mais antigos do país lhe rende alguns privilégios. Neste domingo (3), um carro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) foi buscá-lo em sua casa para levar até a 159ª seção do Colégio Rio Branco, em um bairro da capital , para presidir a votação. “Gosto do que faço, costumo dizer que o voto é o selo da brasilidade, da cidadania” – diz ele à Agência Brasil.
José Carlos Rocha também se sente orgulhoso em contar que vai receber em sua seção, agora de manhã, a visita da desembargadora Regina Afonso Portes, presidente do TRE, e dos observadores internacionais da Argentina que acompanham o processo eleitoral no Paraná.
Rocha diz que é contra o voto obrigatório. “Tem que ser facultativo, a pessoa tem que saber o que quer da vida, escolher quem vai administrar o país em que vive”. Segundo ele, que conhece bem o processo eleitoral desde a época do governo Getúlio Vargas, o eleitor hoje entra na cabine para votar mais consciente, mais entusiasmado.
O mesário gosta de contar sua história. Foi em Jaguariaíva, no interior do Paraná, que trabalhou pela primeira vez, em 1950. Ele lembra que seu pai era dono de um cartório na cidade e, interessado em ajudar a família, acabou se envolvendo cada vez mais com o processo eleitoral.