Foto: Aliocha Mauricio |
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Coelho: presidente do TJ é terceiro na linha sucessória. |
O presidente do Tribunal de Justiça, José Antonio Vidal Coelho, assumirá o governo do Paraná na próxima terça-feira, 20, data provável do início da viagem do governador Roberto Requião (PMDB) à Alemanha, que deve durar oito dias.
A posse de Vidal no governo é resultado de uma série de impedimentos dos dois primeiros na linha de sucessão, o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) e o presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM).
A saúde de Pessuti foi a justificativa oficial para que ele abdicasse da posição de substituto imediato de Requião no governo. Pessuti está em tratamento médico devido a um problema na coluna dorsal. Este ano, ele já esteve internado durante uma semana no Hospital Vita, em Curitiba. Desde então, tem procurado reduzir suas atividades, embora tenha representado o governador em vários compromissos no mês passado.
O obstáculo para Justus assumir é de natureza eleitoral. Sua cunhada, Evani Justus, é pré-candidata à prefeitura de Guaratuba pelo PSDB nas eleições de outubro. Evani é irmã da mulher de Justus, dona Niva, e casada com o irmão do deputado. Segundo o presidente da Assembléia Legislativa, a legislação eleitoral proíbe candidaturas de parentes do governador a cargos executivos. Justus disse que se assumisse o governo iria tornar a cunhada inelegível.
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Pessuti: vice-governador teria problemas de saúde. |
Convidado
Esta é a segunda viagem do governador Roberto Requião ao exterior este ano, fora da área do Mercosul. Requião vai a Bonn, capital da antiga Alemanha Ocidental, a convite do coordenador da 9.ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP), Ahmed Djoghlaf, secretário para o Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU).
A conferência será realizada entre 19 e 30 de maio. A anterior foi realizada em Curitiba, em 2006. De acordo com a assessoria do governador, ele foi convidado devido à sua participação na conferência de Curitiba. Requião chamou a atenção dos ambientalistas pelas suas posições contrárias ao cultivo de sementes transgênicas, um dos grandes temas em debate no Grupo do Protocolo de Cartagena.
Em Curitiba, quando da realização da COP-MOP, o governador estava no auge de sua campanha contra o plantio e comercialização dos transgênicos. Em seu discurso de abertura do encerramento dos eventos, Requião fez uma crítica ao agronegócios e defendeu a agricultura familiar. A conferência, que é realizada simultaneamente ao Encontro das Partes do Protocolo de Cartagena, é descrita como a instância máxima de decisão sobre diversidade biológica no mundo. Este ano os principais temas em debate são a preservação da Amazônia, transgênicos e rotulagem.