Paraná realiza pregão inédito para hemoderivados

A Secretaria da Saúde do Paraná fez ontem o primeiro pregão eletrônico do ano para a aquisição de hemoderivados. Foram compradas 5 mil ampolas de imunoglobulina anti-RH, usada para aplicação em mulheres que têm fator RH negativo após o primeiro parto, com o objetivo de evitar má-formação nos bebês nas próximas gestações. O vencedor foi a Pro Diet Farmacêutica, distribuidora do laboratório israelense Kamada, que pagou R$ 444,3 mil para um preço mínimo estabelecido de R$ 450 mil.

“O Paraná está, mais uma vez, dando exemplo para o Brasil e utilizando com sucesso um sistema de compras que inibe a ação dos lobistas que estão sendo investigados pela Operação Vampiro”, afirmou o secretário da Saúde, Cláudio Xavier. O procedimento é o de leilão, permitindo acompanhamento do processo por meio da internet, no site do governo do Estado, desde a abertura das propostas até a escolha do fornecedor.

De acordo com o secretário, um dos problemas enfrentados pelas secretarias de saúde é o número reduzido de fabricantes dos medicamentos especiais. No caso da imunoglobulina, há apenas quatro laboratórios no mundo, que estão autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fornecê-lo ao Brasil. São os laboratórios Baxter (Áustria), Kamada (Israel), Aventis (Alemanha) e Korp (Coréia). O pregão eletrônico utilizado pelo Paraná visa a evitar a ação de lobistas.

Além do Pro Diet, outros quatro distribuidores se credenciaram para o leilão. O Alminhana/Baxter foi desclassificado porque não tinha registro no Ministério da Saúde. Os outros participantes foram Aventis, Hospfar/Aventis e Prospital/Immuno/Baxter. Até a escolha da empresa, ninguém tinha conhecimento dos participantes, identificados por código. O sistema do pregão eletrônico foi desenvolvido pelo Banco do Brasil, com controle eletrônico do tempo para apresentação das propostas e redução de preços.

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