Paraná promete dragagem em 6 meses

Até o final do ano  o problema com a dragagem do Porto de Paranaguá deve estar resolvido. Foi o que garantiram a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), após a audiência pública de terça-feira, promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, na Câmara Federal, em Brasília, para discutir a situação dos portos brasileiros.

Nos debates de terça-feira, o diretor de Portos e Costas da Marinha do Brasil, almirante Gerson Ravanelli, mostrou sua preocupação quanto à paralisação, desde 2005, da obra de dragagem do canal de acesso ao porto, dizendo que, se em um ano o problema não for resolvido, o Porto de Paranaguá ficaria economicamente inviável, pois não possibilitaria manobra de grandes embarcações. No mesmo encontro, deputados criticaram a administração dos portos, apontaram problemas estruturais e o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários, Wilen Mantelli, chegou a defender uma intervenção federal no Porto de Paranaguá.

Para a superintendência do porto, que se pronunciou através da assessoria de imprensa, a audiência foi expositiva e os esclarecimentos do diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho, são incontestáveis. ?Ele explicou o problema da dragagem e apresentou a proposta de solução, mostrou todos os investimentos no porto e o crescimento na movimentação.?

Fernando Fialho destacou que o problema da dragagem também é enfrentado por outros portos brasileiros. ?Não é apenas o Porto de Paranaguá que tem problemas com dragagem. A grande maioria dos portos brasileiros tem problemas e necessita de dragagem?, disse, revelando que esteve, em abril, com o governador Roberto Requião e com o superintendente Eduardo Requião e que decidiram fazer uma licitação internacional para a dragagem. ?Vamos acompanhar esse processo para ter essa situação corrigida ainda neste ano?, garantiu. Ele disse ainda que é necessário promover uma oxigenação no Conselho de Autoridade Portuária. ?A falta de harmonia na administração do porto prejudica o Estado do Paraná, a cidade de Paranaguá e o País. E a falta de harmonia nem sempre pode ser resolvida com o confronto?, disse.

A Appa informou ainda que o porto tem aumentando a variedade de cargas e que, apesar de ainda ser o maior terminal de grãos do País, a soja representa apenas 30% de sua movimentação. Segundo a assessoria, nos cinco primeiros meses de 2007, o porto recebeu 23 navios a mais do que no mesmo período do ano passado e a receita cambial subiu mais de US$ 700 milhões na comparação entre os quatro primeiros meses de 2007 e de 2006.

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