Faleceu na madrugada do último domingo, 6 de março, o desembargador Abrahão Miguel. Seu corpo foi sepultado em Pinhalão, no interior do Estado, cidade onde nasceu em 5 de julho de 1928. Deixa viúva Maria José de Lara Miguel. Ele teve três filhos e cinco netos.
Graduado na Universidade Federal do Paraná, em 1955, exerceu a advocacia durante 15 anos. Em 1966, atraído pela política, foi eleito vereador da Câmara Municipal de Astorga e, posteriormente, eleito deputado estadual até 1970, quando foi nomeado juiz do Tribunal de Alçada. Em agosto de 1978, assumiu a vice-presidência do Tribunal, chegando a presidente no ano seguinte. Foi nomeado desembargador em junho de 1979. Foi corregedor da Justiça do Paraná em 85 e 86 e, em 89 e 90, foi presidente do Tribunal de Justiça. "Será um tempo de adaptação do País a um novo tempo", discursou durante sua posse, afirmando que sua gestão seria marcada pela aplicação das leis da Constituição e pela ajuda a Constituinte Estadual.
"A morte de Abrahão Miguel será muito sentida no Judiciário paranaense. Era uma pessoa muito querida e de muito prestígio no meio", disse o presidente do TJ, Tadeu Costa. Ontem, na solenidade de entrega dos títulos aos novos desembargadores, foi observado um minuto de silêncio em homenagem ao desembargador.
