As comitivas paranaenses que foram a Brasília negociar os investimentos que o governo federal fará no Estado através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) saíram com um saldo positivo do encontro com ministros do governo Lula.
Em reuniões separadas com os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, das Cidades, Márcio Fortes, e a coordenadora executiva do PAC, Mírian Belchior, o governador Roberto Requião (PMDB) e o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), conseguiram compromisso de investimentos importantes por parte do PAC. Requião anunciou um total de R$ 1,2 bilhão a serem aplicados no Estado, entre obras de saneamento e habitação, enquanto Richa teve a promessa de R$ 107 milhões para projetos de habitação na capital. O anúncio oficial será feito na manhã de sexta-feira, quando o presidente Lula lança o PAC em Curitiba.
?Saímos satisfeitos com aumento dos recursos destinados ao Paraná. Na primeira abordagem eram R$ 700 milhões e agora chegamos a R$ 1,2 bilhão para projetos de saneamento e habitação que serão anunciados pelo presidente Lula, na próxima sexta-feira, em Curitiba?, disse Requião após a audiência. Desses recursos, R$ 800 milhões serão destinados para projetos de saneamento e outros R$ 400 milhões para obras de habitação.
Vitória para Curitiba
À primeira vista, o resultado das reuniões de ontem representou uma vitória para as pretensões da Prefeitura Municipal de Curitiba. Os investimentos no PAC para a área de habitação na capital causaram mais uma polêmica entre Estado e município pelo fato de terem sido apresentados projetos semelhantes para a urbanização de favelas na Vila Formosa, Parolin e Ferrovila. De acordo com as matérias divulgadas pelas agências de notícias dos dois órgãos, as propostas da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) é que serão contempladas. Dos projetos estaduais de habitação para a capital, estão previstos recursos para obras nas favelas instaladas nas bacias dos Rios Belém e Iguaçu.
Além disso, a Prefeitura sai de Brasília com um financiamento de mais R$ 70 milhões da Caixa Econômica Federal para projetos habitacionais. Para o secretário municipal de Finanças, Luiz Eduardo Sebastiani, o contrato com a Caixa Econômica comprova que Curitiba está apta a receber todo tipo de financiamento. ?Mais uma vez fica claro que não há nenhum impedimento técnico ou legal para a liberação de financiamentos para o município?, afirmou Sebastiani.
