Voto 2010

Paraná no centro da disputa presidencial hoje

Sexto maior colégio eleitoral do país, o Paraná será o centro da campanha presidencial neste segundo turno. Os dois candidatos à presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), estarão hoje em diferentes regiões do Estado, batalhando pelo voto dos mais de 7,5 milhões de eleitores paranaenses.

Dilma visita Curitiba e Pinhais, na região metropolitana da capital, enquanto Serra, que já esteve em Londrina, agora faz campanha em Maringá e Ponta Grossa. No primeiro turno, o tucano foi o preferido dos eleitores paranaenses, com uma vantagem de cinco pontos percentuais, quase 300 mil votos.

Com a eleição de Beto Richa (PSDB) ao governo do Estado e a promessa de participação mais ativa do governador eleito no segundo turno, o PSDB quer aumentar a vantagem para mais de um milhão de votos. Beto acompanhará Serra em uma carreata em Maringá, às 10h e caminhada na cidade dos campos gerais, às 15h.

Já a coordenação da campanha de Dilma no Estado, implorou pela presença da petista no Paraná para tentar neutralizar o esforço tucano e, se não conseguir reverter, ao menos, evitar que a vantagem de Serra no Sul aumente a ponto de ameaçar a liderança de Dilma no país.

Apesar de perder a eleição no primeiro turno, Dilma ficou em primeiro lugar em alguns municípios do Estado, como Pinhais, que irá visitar hoje, e outros da região metropolitana.

Será a primeira vez desde o início da campanha que Dilma estará no Paraná sem a companhia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o seu principal cabo eleitoral. O ex-candidato da coligação ao governo do Paraná, senador Osmar Dias (PDT) irá acompanhar a candidata, que participa de ato na praça Santos Andrade, caminhada até a Boca Maldita, às 10h, no centro da capital, e, em seguida, uma carreata em Pinhais.

Meio grogue

O candidato tucano foi atingido por um rolo de papelão ontem durante confronto entre militantes petistas e cabos eleitorais tucanos, em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Embora não tenha sido um golpe violento, o candidato disse ter ficado “meio grogue”.

“Ainda estou meio tonto. Foi uma batida forte. Fiquei meio nauseado, meio tonto. Achei que ia desmaiar”, disse. A pancada atingiu o lado direito de sua cabeça, na parte de cima e não teve grandes consequências, segundo o médico que o atendeu na Clínica Sorocaba, zona sul, Jacob Kligerman.

O presidenciável cancelou os compromissos de campanha que teria durante a tarde. O candidato não precisou de curativos e não precisará tomar remédios. “Fiquei surpreso com esse nível de agressividade e organização. É uma coisa que puxa para o ódio, para a raiva, para a intolerância”, disse Serra, na saída do Hospital Samaritano, em Botafogo, onde se submeteu a uma ressonância magnética.

Em São Paulo, Dilma Rousseff repudiou a agressão a Serra e recomendou à militância do PT que não aceite provocações. “Não aceito campanha manipuladora nem violência”, disse no heliponto de uma empresa de Ferraz de Vasconcelos, região metropolitana de São Paulo.

“Quero fazer um apelo à militância do PT. Peço aqui que a militância se paute pelo princípio da fraternidade, da solidariedade e que, sobretudo, faça dessa campanha um ato de amor.”

Dilma afirmou que a militância deve dar o exemplo. “Quero dizer a vocês, mais uma vez, que lamento o ocorrido”, disse a petista. “Da minha parte, podem ter certeza, que pautarei todos os meus atos. Não faço campanha do submundo, não divulgo panfletos apócrifos e não divulgo mentiras”.

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