Várias entidades de representação nacional, como a Central Única dos Trabalhadores, Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), CNBB, Central de Movimentos Populares, entre outras, estão empenhadas em discutir o Plano Plurianual (PPA) do governo federal. No Paraná, o Comitê Paranaense de Mobilização do PPA realizará um fórum no próximo dia 27. Entre os convidados estão o governador Roberto Requião, prefeito de Curitiba Cássio Taniguchi e presidente da Câmara Municipal, Cláudio Derosso.
O representante regional da Abong, João Torrens, está otimista com as discussões em torno do PPA. “É a primeira vez que um governo rompe a tradição do PPA, que até então era elaborado às portas fechadas, sem a intervenção da sociedade”, comentou. Ele explica que a idéia é planejar o Brasil ouvindo a sociedade. “A intenção é debater linhas estratégicas, diretrizes para o desenvolvimento do País, e não entrar em detalhes, discutir programas ou orçamento”, esclareceu.
Conforme plano traçado pelo governo federal, o PPA conta com três megaobjetivos: inclusão social e redução das desigualdades sociais; crescimento com geração de trabalho, emprego e renda, ambientalmente sustentável e redutor das desigualdades sociais; promoção e expansão da cidadania e fortalecimento da democracia. Já os desafios somam 24: combater a fome, democratizar e universalizar o acesso à informação, ampliar a oferta de postos de trabalho, melhorar a gestão e qualidade ambiental, ampliar as fontes de financiamento internas, promover a redução das desigualdades sociais, valorizar a cultura nacional, entre outros.
Torrens explica que os 27 estados brasileiros estão empenhados em discutir o PPA. A idéia é elaborar, em meados de julho, um documento único que será encaminhado à Secretaria Geral da Presidência e ao Ministério do Planejamento. O governo federal tem até o dia 31 de agosto para entregar o PPA à Câmara Federal. “Vamos tentar mapear as necessidades da população”, arrematou Torrens.