O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, considerou há pouco que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de estabelecer um rito para o processo de impeachment é quase como um renascimento do governo da presidente Dilma Rousseff. Para ele, a definição da Corte não afastou o impeachment, mas deu uma “pacificada em alguns”.
Em entrevista coletiva no comitê de imprensa do Palácio do Planalto, Wagner cutucou a oposição ao dizer que, diante dessa nova situação, os oposicionistas “rapidamente” já passaram a defender o afastamento também do vice-presidente por meio de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Eles não se cansam, agora vão para o TSE. Ao invés de colocar propostas objetivas, poder confrontar o governo com propostas econômicas, agora é o TSE”, alfinetou o ministro, ao citar indiretamente o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a quem chamou sem nominá-lo de “ex-candidato”. “Não dá para ficar 12 meses correndo atrás de um terceiro turno”, completou ele.
Wagner avaliou que, nesse sentido, se está fechando o “ano melhor”. “Não é melhor para a Dilma, mas para o País. Lá fora, passa a noção de credibilidade, de que as instituições funcionam”, considerou.
O ministro ressaltou que, em si, o processo de impeachment não é golpismo”. Para ele, o que o Supremo fez foi valorizar o instituto. “Não será golpe se as duas Casas (Câmara e Senado) acolherem”, disse, ao ressaltar, posteriormente, não acreditar que a admissão do processo sequer passe pelos deputados.