Representante das oposições na CPI que investiga os combustíveis na Câmara Municipal de Curitiba, o vereador Pedro Paulo (PT) diz que a “CPI deu o que tinha que dar”. Segundo o petista, “infelizmente o principal objeto da comissão não foi investigado, que é a apuração de cartel na definição dos preços”. Pedro Paulo define como “misterioso” o fato de as subidas e descidas dos preços dos combustíveis serem simultâneas e proporcionais em toda a cidade. “O mercado não é tão pulverizado assim e a combinação de preços é algo possível, mas difícil de comprovar”, relata.

Outro argumento apresentado pelo parlamentar para o fim da comissão diz respeito a problemas internos da mesma. “As reuniões nem sempre têm quórum e nem mesmo as atividades de maior envergadura, como a blitz realizada conjuntamente com a ANP e Receita Estadual teve participacão efetiva dos membros. Não se sabe nem se o presidente da CPI permanece ou se afasta”, lamenta o vereador.

O terceiro argumento para o fim da comissão apresentado pelo petista é de que “a apuração dos crimes de sonegação e a adulteração estão sendo muito bem apurados pela CPI de Combustíveis da Câmara Federal, sob a presidência do deputado Carlos Santana (PT/RJ)”. O término da CPI abriria vaga para a instalação de outra comissão na Casa. “O que nos interessa mesmo (às oposições) é instalar a CPI do Caixa 2. Finalizando esta teremos vaga para a sua instalação”, conclui Pedro Paulo.

Blitze

O resultado das blitze que foram realizadas na semana passada pela CPI dos Combustíveis da Câmara de Vereadores de Curitiba será avaliado na próxima quarta-feira (29), a partir das 10h30, na Sala das Comissões da Câmara. Os vereadores vão discutir com o presidente do Sindicombustíveis (sindicato patronal), Roberto Fregonese, os trabalhos desenvolvidos na cidade.

Ainda na quarta-feira, o presidente da CPI, Fábio Camargo, vai passar a presidência da comissão para o vereador José Aparecido Alves – Jotapê (PSB), por motivos particulares. A decisão já foi discutida com os demais parlamentares, que concordam com a medida. Depois da conclusão dos trabalhos, ele afirmou que vai reapresentar projeto sugerindo a cassação dos alvarás de funcionamento e indicação fiscal dos postos irregulares. O documento já foi apresentado na Câmara, mas foi retirado da pauta.

A CPI fez esta semana uma série de visitas aos postos de combustíveis de Curitiba para apurar possíveis irregularidades, como sonegação de impostos e adulteração dos produtos.

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