A pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, garantiu hoje que o PPS não abrirá mão de sua candidatura para a disputa eleitoral mesmo que o PSDB requisite o apoio da sigla. A ex-subprefeita da Lapa, que atualmente é responsável pela Superintendência do Trabalho Artesanal (Sutaco), discordou da avaliação de que as eleições municipais serão polarizadas entre PSDB e PT e considerou que a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem a capacidade de alavancar em São Paulo uma candidatura petista. “Nas últimas quatro eleições para prefeito, o PT foi derrotado, apesar de toda a influência do Lula”, ressaltou. “Ele projetou para o Brasil, até no cenário internacional, uma imagem de sucesso, de pujança, de avanço que não é real”.
A pré-candidata do PPS concedeu entrevista, hoje, à TV Estadão. Segundo ela, a capacidade de transferência de votos do ex-presidente só pôde ser vista na eleição da presidente Dilma Rousseff, em 2010. Para a pré-candidata, a estratégia do ex-presidente ao escolher o ministro da Educação, Fernando Haddad, como candidato do PT é ir ao encontro dos anseios da população de São Paulo pelo novo. “A escolha dele se baseia também na ausência de rejeição. Por ser desconhecido, ele é menos rejeitado”, afirmou. A pré-candidata disse ainda que sua maior ambição é ser prefeita de São Paulo e rechaçou a pretensão de abrir mão de sua candidatura em prol de um nome do PSDB. “Se o PSDB quiser indicar um vice para a nossa chapa, a gente topa conversar”.
A pré-candidata afirmou que fará “sempre” oposição ao PT de São Paulo e negou a possibilidade de um acordo em torno de uma fusão entre PPS e PSDB. Segundo ela, o argumento de que o PPS funciona como uma linha auxiliar do PSDB faz parte da avaliação de integrantes de legendas governistas, que “desqualificam a oposição”. “O PPS se juntar ao PSDB? Que PSDB? O ‘P’? O ‘S’? O ‘D’? O ‘B’? Nem o PSDB está junto”, alfinetou.