O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está "sendo fuzilado pela mídia", na avaliação do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB). Em entrevista após apresentação para investidores no Conselho das Américas, em Nova York, o governador afirmou que "o caso Renan não tem a dimensão que se quer dar". Para Requião, o fato de os trabalhos no Senado estarem praticamente congelados é um "procedimento que tem que acabar e independe do Renan".
Requião dedicou a abertura de sua apresentação a críticas à imprensa brasileira e ficou irritado quando foi questionado sobre o número de pessoas da sua comitiva na viagem aos Estados Unidos. Sobre a proposta de prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governador paranaense vê no endurecimento do ministro da Fazenda Guido Mantega, que disse que na ausência da CPMF "há impostos piores", como uma exigência da circunstância. "Não é ameaça. É constatação da realidade", acredita Requião.