O presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, disse que projetos pessoais de setores do PT impediram as alianças entre as duas siglas em várias cidades nas eleições municipais.
Foi a reação de Pugliesi à avaliação feita pelo ex-presidente estadual do PT, deputado federal André Vargas, que dividiu com o PMDB as responsabilidades pelo pálido desempenho eleitoral dos candidatos petistas nas cidades médias e grandes do Estado.
O petista disse, anteontem, que os dois partidos se separaram ao invés de se unir, como fizeram os adversários na frente liderada pelo PSDB em Curitiba e outras cidades.
Pugliesi disse que tanto o PT como o PMDB devem fazer autocrítica. Uma das situações em que cada um pode ver mais claramente onde errou é em Curitiba, disse.
“Todos sabíamos que não tínhamos condição nenhuma de alavancar o Moreira em Curitiba. Por outro lado, teve gente que se iludiu com o potencial eleitoral da Gleisi. Ela vinha de uma votação de contraponto ao Alvaro Dias”, analisou o presidente do PMDB do Paraná, em referência aos 2,2 milhões de votos que a petista fez para o Senado, em 2006.
No caso de Curitiba, Pugliesi duvida que uma coligação tivesse produzido melhores resultados. “Em Curitiba, seria juntar o nada com coisa nenhuma”, disparou o peemedebista, que também cobrou de Vargas a posição do PT em Londrina, onde o deputado federal petista foi candidato e o PMDB lançou o deputado estadual Luiz Eduardo Cheida. “O que aconteceu em Londrina. Ele (Vargas) não era o chefe das coisas? Por que não determinou o rumo certo das coisas?”, disse.
Pugliesi citou que em Toledo e Maringá também não houve acordo com o PT, que não abriu mão de suas candidaturas: a de Elton Welter, em Toledo, e Ênio Verri, em Maringá.
“Numa eleição onde já era difícil vencer com aliança, o prefeito que tentava a reeleição, imagine o que seria se cada um lançasse seu candidato. E foi o que ocorreu”, disse.