A candidatura ao governo do Paraná foi classificada como consolidada no levantamento do grupo que comanda o diretório nacional do PT, que se reuniu ontem em São Paulo, onde foi feita uma avaliação dos palanques do partido nos estados para as eleições de outubro. Hoje, o PT do Paraná realiza um encontro extraordinário em Curitiba para escolher uma candidata ao Senado.
A vaga é disputada pela deputada federal Dra. Clair da Flora Martins e a diretora financeira da Usina de Itaipu, Gleisi Hoffmann. O pré-candidato ao governo, senador Flávio Arns, foi indicado em encontro anterior. A prévia de hoje será realizada no Centro de Convenções Orleans, na BR- 277.
O presidente do partido no Estado, deputado André Vargas, disse que, no encontro dos integrantes da direção nacional, foi traçado o panorama eleitoral do partido em cada estado e as candidaturas foram divididas entre "consolidadas", "a consolidar" e "improváveis". O quadro eleitoral local foi discutido entre os dirigentes estaduais e o presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini, e o secretário geral da Presidência da República, Luiz Dulci.
Segundo Vargas, o Paraná ficou no grupo das candidaturas já irreversíveis junto com São Paulo e o Rio Grande do Sul. "Esse quadro foi feito em consonância com o Palácio do Planalto. A candidatura ao governo do Paraná foi apresentada e houve plena concordância, uma vez que a mesma é amparada nos quase 2 milhões de votos para o Senado que o senador Flávio Arns fez em 2002", disse o presidente estadual do PT.
Segundo Vargas, a classificação dada à candidatura paranaense encerra qualquer discussão sobre o partido vir a desmontar seu palanque para apoiar a reeleição do governador Roberto Requião (PMDB). Mesmo que o presidente Lula seja bem-sucedido na tentativa de levar o PMDB para uma aliança em torno da sua reeleição, no Paraná, os palanques serão separados, disse Vargas. "O presidente pode até ter palanque duplo aqui. Ele já sabe disso. Mas nós teremos o nosso", declarou.
Tanto o candidato ao governo como ao Senado ainda serão oficializados em convenção no mês de junho, como determina a Justiça Eleitoral. Vargas explicou que serão cerca de quatrocentos delegados listados para participar do processo. Mas pode haver interdições devido à inadimplência com o partido, ou seja, aqueles diretórios municipais que deixaram de contribuir com o diretório estadual.
Para o deputado André Vargas, presidente estadual do PT, o encontro é mais do que uma confirmação da candidatura ao senado. "Vamos reforçar o projeto político-administrativo do nosso partido, uma força que está mais do que consolidada no Paraná e que atinge em 2006 o seu ápice com as candidaturas ao governo do Estado e ao Senado, além de uma chapa forte para a Câmara e a Assembléia Legislativa".
