O diretório estadual do PT está reunido em Curitiba desde ontem para discutir o quadro eleitoral deste ano e a conjuntura política. Em encontro na noite de sexta-feira, a executiva e deputados estaduais avaliaram os possíveis efeitos do escândalo Waldomiro Diniz nas eleições municipais deste ano. “O superdimensionamento da crise e a virulência dos ataques contra o governo mostram que o processo eleitoral começou”, disse o presidente do partido no Paraná, deputado estadual André Vargas.

De acordo com o dirigente petista, o partido deve colocar em prática em todo o País uma ofensiva para estancar o desgaste político e os reflexos eleitorais do episódio em que o assessor direto do ministro da Casa Civil, José Dirceu, é acusado de cobrar propina e pedir contribuições de campanha ao empresário do bingo Carlos Cachoeira.

Vargas afirmou que a estratégia do PT será comparar a sua administração no governo federal com as gestões do PFL e PSDB, apontados como os disseminadores da denúncia e principais beneficiários eleitorais da crise política. “Todas as forças políticas que nos acusam já estiveram no governo. É fácil para nós comparar a nossa prática política com a deles”, disse.

Denúncias

Na avaliação do presidente do diretório estadual do PT, nenhum governo está a salvo de denúncias sobre funcionários de segundo escalão que se envolvem em irregularidades. Mas segundo Vargas, neste caso, há uma clara tentativa de atingir um ponto vital do PT, a marca de partido mais ético.

“Em todas as pesquisas, a população aponta a questão ética como a principal qualidade do PT. É o partido que a população mais identifica com a ética. Nós não podemos permitir que o mais caro patrimônio do partido seja atingido. Não vamos permitir que este fato baseie o julgamento político do governo”, disse.

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