A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado, em Milão, na Itália, que “para não cair” “é preciso de ajuda”. A declaração foi feita depois de uma caminhada realizada em uma rede elástica instalada no estande do Brasil na Expo Milano, a Exposição Universal que a delegação brasileira visitara instantes antes.
Dilma visitou o estande no início da manhã deste sábado, no último evento oficial previsto na sua turnê por Rússia e Itália realizada nesta semana. No início da visita, a presidente assinou o livro dos visitantes da Expo Milano – que tem como tema a alimentação – e aproveitou e deixou uma mensagem: “Alimentar o mundo e o Brasil é algo que tem sido nossa prioridade. Eliminar a fome e superar a pobreza foram as grandes conquista do Brasil na última década”, afirmou.
Então a presidente decidiu se aventurar e caminhar por uma rede elástica que se estende do início ao fim do pavilhão, uma das grandes atrações do estande brasileiro na Exposição Universal. Em um primeiro momento, caminhando sozinha, Dilma teve dificuldades e balançou, sem cair. A seguir foi apoiada primeiro por uma, e depois por duas pessoas, conseguindo se estabilizar e concluir a caminhada pela rede, que definiu como “lúdica” e “muito criativa”.
Minutos depois, questionada pela Agência Estado se o desequilíbrio que enfrentou no início da caminhada, seguido de estabilização seria uma metáfora de seu segundo governo, Dilma afirmou: “Não, querido, o meu mandato é, eu diria, mais firme que essa rede”.
A presidente seguiu explicando como fizera para caminhar, e então disse: “Quando você está lá em cima, você inclina para um lado e imediatamente vira para o outro, você fica balançando mesmo”. Lembrada do fato de que, ainda que balançando, não chegou a cair, Dilma respondeu: “Eu não caí, mas a gente sempre para não cair precisa ser ajudada, né?”.
As imagens da presidente caminhando na rede foram registradas por cinegrafistas de empresas privadas de mídia e também pela NBR, a emissora oficial do governo. O momento em que Dilma balança, porém, não foi distribuído pela equipe que registrou as imagens. Segundo a equipe de jornalistas oficiais, houve “ordens expressas” para que essas tomadas não fossem colocadas à disposição da imprensa.